No modelo constitucional ideal dos Estados Democráticos de Direito, o governo é exercido por duas partes com papéis claramente demarcados: os cidadãos eleitos, com mandatos, e a burocracia, conjunto dos servidores que adentram ao serviço público por meio de concursos e que passam por treinamento em escolas de governo para se tornarem aptos a exercer suas funções. Esses servidores organizados em corpos ou em carreiras de Estado, permanentemente treinados, convenientemente remunerados e dotados de adequada autonomia, independência e espírito público, integram a administração pública.
A razão de a burocracia passar por um treinamento e/ou formação pelas escolas de governo decorre do fato de que uma pessoa, quando ingressa no Estado por meio de concurso público, possui apenas uma parte da qualificação requerida para tais atividades (a formação escolar do nível para o qual se realizou o concurso público).
Outra parte necessária da qualificação será obtida por meio de cursos e treinamentos oferecidos pelas escolas de governo: um agente, um fiscal e outros servidores das carreiras responsáveis por atividades exclusivas da administração pública estarão aptos a exercerem os papéis que lhes cabem após complementarem sua formação em escola de governo.
Em nossa administração pública local se faz necessário este modelo de estrutura, para que a máquina administrativa possa percorrer o seu caminho em busca de eficiência. Não iludamos com uma administração de boa qualidade se assim não o fizermos. Teremos de buscar dentro da Gespublica este caminho para o aprimoramento de uma gestão de qualidade que possa atender aos anseios da sociedade.
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