Minas Gerais ocupa a primeira posição no número de casos de coqueluche no Brasil em 2025. Dados do Ministério da Saúde apontam que, até 3 de dezembro, o estado havia confirmado 528 registros da doença, o que representa uma média de um caso a cada 16 horas. São Paulo aparece em seguida, com 427 ocorrências no mesmo período.
O avanço dos diagnósticos em Minas é observado desde 2023, quando foram contabilizados 14 casos e nenhuma morte. Em 2024, o total saltou para 872 registros, com três óbitos. Em 2025, apesar de redução em relação ao ano anterior, o volume segue elevado.
Em Belo Horizonte, o cenário acompanha a tendência estadual. A capital não teve registros em 2023, mas confirmou 377 casos e uma morte em 2024. Até a primeira quinzena, já eram 153 diagnósticos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, envolvendo todas as faixas etárias.
Especialistas relacionam o aumento à queda na cobertura vacinal observada nos últimos anos, agravada durante a pandemia. O epidemiologista José Geraldo Leite Ribeiro explica que, embora haja melhora em 2025, a vacinação de gestantes ainda preocupa, já que é fundamental para a proteção dos bebês nos primeiros meses de vida.
Em Minas Gerais, a cobertura vacinal foi de 90,65% em 2023, caiu para 88,85% em 2024 e voltou a subir, alcançando 105,63% até setembro, índice registrado quando o número de doses supera a estimativa do público-alvo. O percentual recomendado pelo Ministério da Saúde é de 95%. Em Belo Horizonte, a cobertura da vacina pentavalente passou de 72,1% em 2023 para cerca de 84% nos dois anos seguintes.
O infectologista Leandro Curi destaca que a vacina não impede totalmente a infecção pela bactéria Bordetella pertussis, mas reduz a circulação do agente e a gravidade dos casos. Ele também alerta para a dificuldade no diagnóstico, já que os sintomas iniciais podem se confundir com outras infecções respiratórias.
A imunização contra a coqueluche é feita com três doses da vacina pentavalente aos 2, 4 e 6 meses de vida, além de reforços aos 15 meses e aos 4 anos. Gestantes devem receber a vacina dTpa a partir da 20ª semana de gravidez.
Altamente contagiosa, a coqueluche é transmitida principalmente por gotículas respiratórias. O infectologista Estevão Urbano ressalta que, em recém-nascidos, a doença pode causar complicações graves e até levar à morte, o que reforça a importância da vacinação contínua.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
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