Uma organização criminosa que atuava em Minas Gerais com venda de celulares, empréstimos pessoais e práticas de lavagem de dinheiro está no centro de uma grande operação deflagrada nesta terça-feira (29). Sete Lagoas está entre as onze cidades do Estado onde foram cumpridos mandados judiciais relacionados ao esquema, que já causou prejuízo estimado em R$ 14 milhões aos cofres públicos.
Coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em conjunto com a Polícia Civil, a operação teve como foco a repressão a fraudes fiscais, crimes financeiros e movimentações ilegais. Ao todo, foram expedidos 31 mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva. A quadrilha, segundo os investigadores, mantinha empresas de fachada registradas em nome de terceiros, os chamados “laranjas”, para burlar o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).
Além da sonegação fiscal, o grupo é acusado de atuar com empréstimos à população cobrando juros abusivos. “Também foram identificadas práticas de usura, com a cobrança de juros abusivos em empréstimos pessoais”, detalhou o Ministério Público, que afirma ainda que as empresas envolvidas não emitiam notas fiscais nem mantinham registros contábeis formais, o que facilitava a ocultação de receitas e lucros.
A base operacional da organização criminosa está localizada em Curvelo, mas os mandados foram cumpridos também em Abaeté, Belo Horizonte, Diamantina, Jequitibá, João Pinheiro, Paracatu, Paraopeba, Pirapora, Três Marias e Sete Lagoas. Durante as diligências, foram apreendidos documentos, armas de fogo, munições, veículos de luxo, imóveis e criptomoedas.
A Justiça determinou ainda o bloqueio de bens dos envolvidos, em valor equivalente a R$ 36,4 milhões, como forma de garantir o ressarcimento de parte do prejuízo causado ao erário.
Os suspeitos poderão ser responsabilizados por crimes como organização criminosa, estelionato, falsidade ideológica, usura, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. As investigações continuam sob responsabilidade do MPMG, com apoio de delegados da Polícia Civil, servidores da Receita Estadual e policiais militares e civis mobilizados nas cidades onde o grupo atuava.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
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