Arlindo Cruz, conhecido como um dos principais representantes do samba no Brasil, morreu aos 66 anos nesta sexta-feira (8). Desde 25 de março, o artista estava internado em decorrência de uma infecção provocada por bactéria resistente associada a um quadro de pneumonia. O músico também convivia com as sequelas de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico sofrido em 2017.
Filho de Aracy Marques da Cruz e Arlindo Domingos da Cruz, o cantor e compositor teve seu primeiro contato com a música no ambiente familiar. A mãe tocava pandeiro, o pai dominava o cavaquinho e um tio atuava como violonista. Aos sete anos, ganhou o primeiro cavaquinho e, aos doze, já tocava diversas músicas de ouvido, além de aprender violão com o irmão Acyr Marques (1953-2019), também compositor.
Na juventude, estudou na escola Flor do Méier, onde recebeu formação em teoria musical, solfejo e violão clássico por dois anos. Aos 15 anos, mudou-se do Rio de Janeiro para Barbacena, em Minas Gerais, ingressando na Escola Preparatória de Cadetes do Ar. Mesmo nesse período, manteve-se ligado à música, participando do coral da instituição.
A carreira profissional teve início na década de 1980, em rodas de samba do Cacique de Ramos, no Rio de Janeiro. Nessas apresentações, tocou com nomes como Jorge Aragão, Beto sem Braço e Almir Guineto. Inicialmente reconhecido como compositor, viu suas obras gravadas por diferentes artistas na década de 1990. A projeção nacional aumentou quando integrou o grupo Fundo de Quintal, onde permaneceu até 1993, interpretando composições próprias.
Ao longo da trajetória, acumulou mais de vinte e seis prêmios, incluindo o 26º Prêmio da Música Brasileira. Também venceu dezenove disputas de samba-enredo em escolas como Império Serrano, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos de Vila Isabel e Leão de Nova Iguaçu. Recebeu cinco indicações ao Grammy Latino — quatro na categoria Melhor Álbum de Samba/Pagode e uma na de Melhor Canção em Língua Portuguesa.
O último trabalho lançado foi Pagode 2 Arlindos, em 2017, ao lado do filho Arlindinho. No mesmo ano, o AVC interrompeu a carreira e exigiu cuidados médicos permanentes até a morte.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
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