O ministro dos Transportes, Renan Filho, confirmou que está em elaboração uma proposta para extinguir a obrigatoriedade de frequentar autoescola para conseguir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A medida, que não depende de aprovação do Congresso Nacional, será apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em breve.
Durante participação no podcast C-Level Entrevista, Renan Filho explicou que a mudança não extinguirá as aulas de direção, que passariam a ser facultativas, enquanto os exames teórico e prático permaneceriam com a mesma estrutura. O ministro esclareceu que a alteração não se aplica às categorias profissionais, como motoristas de ônibus ou caminhoneiros.
Segundo Renan, a proposta busca reduzir custos e tornar o processo mais acessível. Hoje, os cursos em autoescolas, avaliados entre R$ 3.000 e R$ 4.000, representam um entrave para pessoas de baixa renda. Ele estima que os gastos possam ser reduzidos em até 80%. “A autoescola vai continuar existindo, mas a obrigatoriedade deixaria de existir”, declarou.
O programa permitiria que o candidato escolhesse quantas horas de instrução deseja fazer em uma autoescola ou com um instrutor autônomo credenciado. “O cidadão vai precisar ser aprovado na prova e no teste de direção, mas poderá estudar de forma independente. Estamos apenas seguindo experiências já aplicadas em países como a Inglaterra”, ressaltou o ministro.
Renan Filho também destacou que, em algumas regiões do país, até 40% dos motoristas dirigem sem habilitação. Ele apontou ainda um recorte de gênero, observando que 60% das mulheres com idade para obter a CNH não possuem o documento. “Quando a família consegue pagar o processo, normalmente prioriza os meninos, o que gera uma grande desigualdade”, concluiu.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
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