Antes da Chevrolet enviar o Prisma LTZ 1.4 SPE/4 para a avaliação do SeteLagoasNoticias.com.br, eu já tinha uma boa imagem do carro. Afinal, desde a primeira versão, lançada no segundo semestre de 2006, sempre achei o sedan compacto um carro simpático.
Na segunda geração, lançada no segundo semestre de 2013, o carro passou de simpático para interessante. Agora, com o peso de ser a versão sedan do carro mais vendido do Brasil há dois anos, o Onix, a responsabilidade aumentou e Chevrolet entendeu isso.
Se temos de caracterizar o Prisma utilizando apenas uma palavra, eu diria que é “acertado”. O motor é o velho conhecido 1.4 que deriva da família 1 Chevrolet. O bloco é de ferro. Atualmente se utiliza alumínio. O comando é simples, enquanto outros da categoria utilizam o duplo. São duas válvulas por cilindro, quando o mais usado é o de 4. A maior diferença é que agora o motor é “Eco”, conforme demonstra o adesivo na tampa do porta-malas.
Os pistões, bielas e anéis ficaram mais leves e o óleo lubrificante utilizado é o 0W20, lembre-se. O módulo eletrônico agora responde 40% mais rápido que o anterior. A Chevrolet adotou melhorias nos sistemas de arrefecimento e gerenciamento de energia elétrica que fizeram a potência melhorar e o carro ser econômico, rodando com uma média de 12,5 km/l que conseguimos no ciclo urbano e rodoviário. A potência continua 106 cavalos e o torque de 13,9 kgfm.
O câmbio é o conhecido e eficiente automático de seis marchas, que recebeu nova programação e pode “se transformar” em manual utilizando as teclas na lateral da alavanca de marchas. O contra fica por conta do câmbio automático ainda permitir retirar a chave com a alavanca seletora em qualquer marcha, e não apenas em “P”.
Dessa forma, o motorista se esquece de puxar o freio de mão, retira a chave com a alavanca em “D” ou “N”. Assim, o carro pode se mover e ocasionar um acidente. É fato relatado em diversos fóruns da internet de modelos equipados com a caixa automática da Chevrolet.
A suspensão foi rebaixada em 10 mm e apliques aerodinâmicos foram colocados nas caixas das rodas. Os pneus utilizados possuem baixa resistência a rodagem, o que colabora com o consumo mais eficiente. Por dentro o carro recebeu a central multimídia MyLink de segunda geração, com tela de sete polegadas, botões mais práticos e interface mais intuitiva com suporte para Android Auto e Apple CarPlay.
A direção agora é elétrica, substituindo a versão hidráulica do anterior, e as manobras em baixa velocidade ficaram mais fáceis. Além disso, o sistema é progressivo, ou seja, fica mais firme à medida que a velocidade aumenta. Os plásticos utilizados no interior do Prisma poderiam ser mais agradáveis e de melhor visual. A tampa do porta-malas poderia ser forrada de forma completa e haver sensor de estacionamento na dianteira. Enfim, estas são algumas melhorias sugeridas para o carro continuar líder, disputando mercado com concorrentes de peso como o HB20S e Ford Ka+.
O Prisma incorporou o sistema OnStar com monitoramento via satélite e serviço de concierge (cortesia, por um ano). Uma das atrações do sistema é a função de rastreamento, que reduz o custo do seguro.
Ficha técnica – Chevrolet Prisma LTZ 1.4
Motor: dianteiro, transversal, quatro cilindros, 8 válvulas, 1.389 cm3, comando simples, flex; Potência: 98/106 cv a 6.000 rpm; Torque: 13,0/13,9 kgfm a 4.800 rpm; Transmissão: câmbio automático de seis marchas, sendo a sexta com overdrive. Tração dianteira; Direção: elétrica; Suspensão: independente McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira; Freios: discos sólidos na dianteira e tambores na traseira, com ABS; Rodas: aro 15″ com pneus 185/65 R15; Peso: 1.054 kg; Capacidades: porta-malas 500 litros, tanque 54 litros; Dimensões: comprimento 4.282 mm, largura 1.705 mm, altura 1.478 mm, entre-eixos 2.528 mm; Preço: R$ 65.340 (agosto 2016)
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