Confesso que quando o recebi o convite para avaliar o Cobalt Elite modelo 2017 para o Portal SeteLagoasNotícias.com.br, me lembrei do motor beberrão que equipava o Corsa 1.8 que eu dirigia quando morava em BH. Afinal, trata-se do “mesmo motor” Chevrolet da geração 1. Mas o motor 1.8 conhecido pelo torque elevado, característica relevante para quem busca um sedã médio, mantinha o desempenho mesmo carregado com mulher, filhos e/ou sogra e bagagem.
O “novo motor”, que ainda utiliza o tanquinho, agora tem o nome de SPE/4 ECO em substituição ao EconoFlex e desenvolve até 111 cv de potência e 17,7 mkgf de torque máximos com etanol. O pico de torque agora é atingido a 2.600 rpm, contra 3.200 rpm do modelo anterior. Além de mais ágil com esse motor, o carro ficou 21% mais econômico, fazendo uma média entre 9 e 9,5 Km/l dentro da cidade, onde o carro foi utilizado a maior parte do tempo.
O conjunto de pistões, bielas e anéis foi redesenhado e ficou mais leve, enquanto os anéis de pistão e o tipo de óleo lubrificante (0W20) também sofreram alterações. O módulo eletrônico está 40% mais rápido e potente. Novos sistemas de arrefecimento e de gerenciamento de cargas elétricas completam o “pacote Eco”. O novo sistema de gerenciamento de energia elétrica do veículo conta com monitoramento continuo da bateria e utilização otimizada do alternador de alto rendimento.
A transmissão automática continua sendo a Sport 6, como o nome diz de seis marchas que tem como característica o comportamento suave e visa a economia, no modo Active Select, que faz as trocas manualmente. Mas, quando foi preciso trocas mais rápidas, percebi uma certa dificuldade para o câmbio, voltado para a economia, responder de forma satisfatória. Além disso, a conhecida falha de ser possível retirar a chave da ignição quando qualquer uma das marchas está selecionada, continua.
O Cobalt agora está com o design mais elaborado que lembra o irmão maior Malibu. A grade dupla na dianteira adota o novo estilo da marca, os faróis ganharam projetores de dupla parábola, separados por frisos cromados, e o capô tem novo formato com vincos em V.
Na traseira, o destaque fica por conta das lanternas envolventes que invadem a tampa do porta-malas e que se acende totalmente, redesenhadas como o para-choque. As rodas de aro 15 têm novo desenho como pneus verdes, com baixo atrito de rolamento.
No quesito segurança, o carro continua sem o encosto de cabeça e cinto de três pontos no banco traseiro para o passageiro do meio. Mas toda evolução faz o Cobalt perder um atrativo tradicional: a relação custo benefício. E passa a se arriscar com concorrentes superiores que tem, por exemplo, controle de tração e estabilidade de série. Ao montar o carro no site da Chevrolet chegamos ao preço de R$ 70.390 pedidos pelo modelo avaliado.
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