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Felipe Carvalho é um amigo que conheci há pouco tempo. Ele é um caçador profissional de carros, o primeiro do Brasil, que pode ser encontrado em seu site. Em matéria publicada no site Carsale, Felipe listou as sete bizarrices mais comuns cometidas pelos motoristas brasileiros. A seguir, algumas atitudes inadequadas praticadas no dia a dia.
1- Dirigir com o banco reclinado em excesso
Trata-se de uma prática comum dos motoristas brasileiros, especialmente dos mais jovens e dos menores. Muitos motoristas deixam o banco reclinado de forma que as costas não apoiem no encosto. Dessa forma, ao invés de apenas apoiar as mãos no volante, o motorista é obrigado a se segurar nele para manter-se ereto. O resultado são dores nas costas e dificuldade de visão, já que os olhos ficam em uma altura mais baixa do que o ideal. Além disso, tal atitude pode ser fatal. Quem não se lembra do jogador Dener, com passagens pela Seleção Brasileira, Portuguesa e Vasco da Gama? Ele morreu em um acidente de carro no Rio de Janeiro em 1994. Dener estava deitado no banco do passageiro de seu Mitsubishi Eclipse e foi sufocado pelo cinto de segurança após o carro bater contra uma árvore. O equipamento não cumpriu a sua função pelo simples fato de o banco não estar na posição correta.
2- Limitadores no cinto de segurança
O cinto de segurança é um dos equipamentos mais importantes em um carro. Ele foi projetado para manter os corpos dos ocupantes presos ao carro em uma colisão ou até mesmo em uma freada mais brusca. O problema começa quando alguns “espertões” se sentem incomodados com o equipamento e, na busca por conforto, limitam o movimento do cinto, para que fiquem mais soltos dentro do carro.
3- Películas que escurecem os vidros acima do permitido
Muitos motoristas se sentem mais seguros contra assaltos, além do conforto de bloquear boa parte dos raios solares. A polêmica acaba quando vemos que, por lei, o vidro da frente deve permitir passar até 75% de luminosidade; os vidros laterais dianteiros devem permitir passar até 70% de luminosidade; e apenas os laterais traseiros e o traseiro podem ser mais escuros e permitem passar até 28% de luminosidade. Se mesmo em um dia ensolarado a visibilidade é prejudicada em uma situação como essa, imagine à noite, sob chuva ou neblina. Além disso, em um sequestro relâmpago a vítima não poderá ser vista.
4- Engate sem ter nada para carregar
Felizmente isso tem diminuído bastante, mas foi bem popular. O engate não ajuda nada em uma colisão traseira. Muito pelo contrário, já que o impacto vai se concentrar no engate, a peça fará um estrago considerável em todo o painel traseiro, pois, o equipamento não foi projetado para estar ali.
5- Rebaixar o carro
Quem nunca se deparou com um carro “largado”, se arrastando pelas ruas? Tal veículo não tem a mínima condição de passar por uma valeta ou lombada sem raspar o assoalho, além de prejudicar o fluxo do trânsito. Sabemos também que um carro assim não tem condição nenhuma de trafegar em uma estrada com segurança. A não ser que rode na mesma velocidade que está acostumado a rodar no ciclo urbano.
6- Pneus com medidas diferentes das originais
É permitido alterar as medidas dos pneus do carro, desde que mantenha o diâmetro original e não ultrapasse a largura dos para-lamas. Ou seja: é possível instalar rodas de polegadas maiores, mas as laterais dos pneus terão de ser menores, para manter o mesmo diâmetro do conjunto. Quando tal modificação é feita, a direção fica mais pesada, o consumo de combustível aumenta e o carro perde o alinhamento, o que ocasiona desgaste dos pneus acima do normal.
7- Faróis auxiliares sem necessidade
É comum vermos motoristas dirigindo os carros a noite apenas com as luzes de posição ligadas e os faróis auxiliares acesos, sejam eles de neblina ou de longa distância. As luzes de posição não iluminam nada, assim como os faróis auxiliares – que ofuscam quem vem no sentido contrário e só servem sob condições que o próprio nome já diz. Quem faz o papel de iluminar a via de forma correta são os faróis baixos, que têm fachos assimétricos para não ofuscar quem vem no sentido contrário.
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