Médica e marido advogado foram presos sob a acusação de mandarem executar dois familiares em meio a uma disputa judicial por uma herança estimada em R$ 30 milhões. A motivação do crime, segundo a Polícia Civil, seria o interesse patrimonial envolvendo terras rurais em Minas Gerais. Além do casal, outras três pessoas também foram presas, suspeitas de terem cometido o assassinato a mando dos mandantes.
O crime aconteceu em 19 de dezembro de 2023, na zona rural de Guidoval, município da Zona da Mata mineira. As vítimas, pai e filho, tinham 55 e 22 anos, respectivamente, e eram irmão e sobrinho da médica investigada. Eles foram mortos após serem abordados por homens que se passaram por policiais civis, utilizando roupas e distintivos falsos. A abordagem aconteceu na propriedade rural onde moravam, próximo à divisa com Guiricema, a cerca de 40 quilômetros de Ubá.
A dinâmica do crime foi detalhada pela Polícia Civil durante a Operação "Éris", deflagrada na quarta-feira (7). Segundo as investigações, os falsos policiais informaram às vítimas que havia mandados de prisão e exigiram que os dois os acompanhassem. No trajeto, já dentro do veículo, houve luta corporal entre os ocupantes e o carro se envolveu em um acidente. Vizinhos relataram ter ouvido disparos logo após o acidente. Ao chegarem ao local, encontraram as vítimas mortas: o homem com ferimentos à bala na cabeça e o filho atingido por disparos na cabeça e nas costas.
Os assassinos, após os homicídios, ainda invadiram a propriedade vizinha, onde roubaram os celulares de um idoso e do neto dele antes de fugirem. O caso chocou a comunidade local e intensificou os esforços das forças de segurança para esclarecer o crime.
A Operação "Éris" contou com apoio aéreo de um helicóptero e também cumpriu seis mandados de busca e apreensão. Durante as diligências, foram encontrados valores em dinheiro, cheques, armas de fogo, munições e outros materiais que, segundo a polícia, serão fundamentais para o andamento das investigações. A médica e o advogado foram identificados como os mandantes, enquanto os outros três presos, com idades de 30, 37 e 41 anos, teriam sido os executores do crime. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
O nome da operação faz referência à deusa grega Éris, símbolo da discórdia. Conforme explicou a Polícia Civil, a escolha não foi aleatória: “Éris simboliza o estopim de desentendimentos e rivalidades — o que guarda relação direta com a motivação do crime, impulsionado por interesses patrimoniais e familiares envolvendo a herança milionária.”
As investigações continuam, com novas diligências previstas para aprofundar os vínculos entre os suspeitos e consolidar as provas no inquérito.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
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