Mesmo com a exclusão de 694 itens da nova tarifa anunciada pelos Estados Unidos, os efeitos sobre a economia mineira e nacional serão expressivos, conforme avaliação da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O levantamento, divulgado nesta terça-feira (5), projeta para Minas Gerais uma redução de R$ 4,7 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) e a eliminação de mais de 30 mil postos de trabalho nos próximos dois anos. No horizonte de 5 a 10 anos, as perdas podem superar R$ 15,8 bilhões, com impacto sobre cerca de 172 mil empregos.
O estado ocupa a terceira posição entre os maiores exportadores para os Estados Unidos, registrando US$ 4,6 bilhões em vendas externas em 2024. Aproximadamente 37% dessa pauta foi mantida livre da nova tributação, incluindo produtos como ferro fundido, ferro-nióbio e aeronaves.
Por outro lado, 63% do que Minas exporta continua sujeito às tarifas, atingindo segmentos estratégicos como café, carne bovina e tubos de aço. As atividades mais impactadas abrangem siderurgia, pecuária, indústria madeireira e setor calçadista.
Impacto nacional pode alcançar R$ 110 bilhões no longo prazo
O tarifaço anunciado por Donald Trump em 30 de julho — acréscimo de 40% sobre mercadorias brasileiras, somado aos 10% em vigor desde abril — passa a valer nesta quarta-feira (6). Ainda que 45% do valor exportado permaneça isento, 55% das vendas, correspondentes a cerca de US$ 22 bilhões, continuarão submetidas à tributação.
Segundo estimativa da Fiemg, o Brasil poderá ter redução de R$ 25,8 bilhões no PIB em até dois anos e perda de renda familiar na ordem de R$ 2,74 bilhões. Além disso, aproximadamente 146 mil empregos formais e informais devem ser extintos no mesmo período. No cenário de longo prazo, as perdas para o país podem alcançar R$ 110 bilhões.
Fiemg defende negociação diplomática
Para o presidente da entidade, Flávio Roscoe, a resposta deve ocorrer por meio do diálogo institucional. Ele ressalta que a decisão norte-americana, mesmo com a inclusão de isenções, foi tomada de forma unilateral e sem consulta ao governo brasileiro. Na avaliação de Roscoe, ampliar a lista de produtos livres da taxação é essencial para preservar a competitividade, manter investimentos e reduzir os impactos sobre a geração de empregos.
Da Redação
Com informações Hoje em Dia
Sete Lagoas Notícias
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