A vitamina B12 não é produzida pelo corpo e sua absorção por meio da alimentação passa por vários processos complexos. Pessoas veganas, que fizeram cirurgia bariátrica ou tenham doenças intestinais podem precisar da suplementação de B12, atualmente disponível em vários formatos.
Tipos de suplementos de B12
As alternativas de suplementação de B12 evoluíram ao longo do tempo. Hoje, a vitamina existe em diferentes formas químicas chamadas de cobalaminas, as quais têm em comum o núcleo de cobalto. O que muda é o grupo químico ligado a esse núcleo e, consequentemente, a sua indicação de uso.
Cianocobalamina
É a forma sintética da B12, ingerida por meio de um comprimido oral. Após a ingestão, ela precisa ser convertida pelo organismo em metilcobalamina e adenosilcobalamina. É a opção mais comum e barata, eficaz para quem não tem problemas de absorção, mas não consome B12 na quantidade necessária, como pessoas veganas ou com a alimentação desbalanceada.
Metilcobalamina oral
É a forma ativa da B12, isto é, já está pronta para ser usada pelo corpo, e indicada como alternativa à cianocobalamina.
“A cianocobalamina contém cianeto. Embora a quantidade seja mínima e geralmente não cause problemas, em fumantes ou pacientes com doença renal grave isso pode ser um risco”, explica Rita de Cássia Salhani Ferrari, geriatra e nutróloga responsável pelo Departamento de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação da Marjan Farma.
Hidroxicobalamina
É a B12 aplicada por meio de injeções, capaz de permanecer mais tempo no sangue. Recomenda-se para casos mais graves, como deficiências severas, anemia ou intoxicação por cianeto.
Metilcobalamina sublingual
É o padrão-ouro da suplementação de B12. Colocada sob a língua, é absorvida diretamente pela mucosa oral, sem depender da ingestão do trato gastrointestinal.
“A adesão ao tratamento com a forma sublingual é muito maior, especialmente em idosos, que frequentemente têm deficiência de B12. Eles evitam injeções por dor ou dificuldade de acesso a profissionais de saúde, o que reduz a adesão ao tratamento injetável. A suplementação sublingual é prática, eficaz e com menos riscos, pois evita possíveis complicações das injeções, como infecção ou raramente embolia”, pontua a especialista.
Os grupos que mais se beneficiam da metilcobalamina sublingual são:
- idosos;
- pessoas com problemas gastrointestinais;
- fumantes;
- veganos e vegetarianos;
- pacientes que passaram por cirurgia bariátrica;
- pacientes em uso de metformina (medicamento para o tratamento do diabetes),
- pacientes em uso de inibidores de bomba de prótons, como omeprazol e pantoprazol.
Suplementação por conta própria: pode?
O consumo excessivo e indiscriminado de vitamina B12 pode provocar diarreia, náuseas, vômitos e dor de cabeça. Quando realmente existe a deficiência da vitamina, a suplementação sem orientação pode ainda ser ineficaz. Isso porque, no mercado, existe a B12 em forma de suplemento alimentar, com doses muito pequenas e venda livre, e a B12 em forma de medicamento, com doses mais altas e controladas via prescrição médica.
“Os suplementos podem ajudar a complementar a dieta, mas não servem para tratar a deficiência”, esclarece Rita de Cássia.
Entre os testes que podem confirmar o diagnóstico de falta de B12 no organismo, estão os exames de vitamina B12 sérica, ácido metilmalônico, homocisteína e holotranscobalamina. Procure um médico.
Por Portal Drauzio Varella
Sete Lagoas Notícias
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