Minas Gerais deu um passo histórico na preservação de sua identidade cultural. Durante reunião do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep ), realizada neste sábado (22), no Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), foi aprovado, por unanimidade, o reconhecimento dos Saberes e Formas de Expressão das Bandas de Música de Minas Gerais como Patrimônio Cultural Imaterial do estado.
O anúncio ocorreu no mesmo dia em que a Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, recebeu o 1º Encontro Estadual de Bandas de Música, reunindo mais de 40 corporações musicais de diversas regiões do estado. O evento, realizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Iepha-MG e com patrocínio da Cemig, transformou o espaço em um grande palco de celebração da tradição musical mineira.
A comemoração seguiu com as bandas em cortejo, partindo do coreto da Praça da Liberdade até o Palácio da Liberdade. A secretária de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Bárbara Botega, destacou a importância do reconhecimento que valoriza a trajetória de grupos responsáveis por manter viva a tradição das bandas por gerações.
"Ao reconhecermos as bandas como patrimônio, preservamos nossa memória, valorizamos a nossa mineiridade, reconhecemos a trajetória desses grupos e contribuímos para fortalecer a nossa economia criativa. Minas valoriza sua história, mas também projeta seu futuro por meio da cultura", afirmou a secretária.
O presidente do Iepha-MG, Paulo Roberto do Nascimento, ressaltou que o registro representa a formalização de um merecimento histórico. "É o reconhecimento de um dos mais importantes e democráticos movimentos culturais genuinamente mineiros, do vibrante som dos dobrados aos solenes cortejos das procissões da Semana Santa que percorrem todo o Estado de Minas Gerais", declarou.
Segundo o diretor de Proteção e Memória do Iepha-MG, Adriano Maximiano, o registro reafirma o papel essencial das bandas na formação da sociedade mineira. "As bandas de música são parte da alma de Minas Gerais. Elas atravessam gerações, unem comunidades e mantêm viva uma tradição que forma músicos e cidadãos", destacou.
O processo de registro foi iniciado em 2024 e envolveu entrevistas, registros audiovisuais, levantamento de repertórios e a elaboração de um extenso dossiê técnico. As bandas de música estão presentes em festas religiosas, atos cívicos e celebrações populares desde o período colonial, representando um dos pilares da educação musical e da vida comunitária no estado.
O reconhecimento é celebrado por músicos e regentes. Para o maestro Frederico Teixeiras de Freitas, idealizador do encontro, a conquista fortalece um legado que sempre sustentou a cultura mineira de base. "Cada banda é uma pequena orquestra de afetos e tradições. Esse reconhecimento dá visibilidade a um trabalho coletivo que emociona e transforma", afirmou o maestro.
Minas Gerais possui hoje mais de 700 bandas ativas, muitas com mais de um século de existência. O registro oficial das Bandas de Música de Minas Gerais como Patrimônio Cultural Imaterial consolida um capítulo fundamental da história do estado e assegura que esse saber coletivo, transmitido de maneira oral, comunitária e solidária, permaneça vivo para as próximas gerações.
Da Redação com Agência Minas
Sete Lagoas Notícias
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