O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira (18) quatro casos no Brasil do subclado K da Influenza A (H3N2), variante popularmente chamada de gripe K. Segundo a pasta, um caso foi registrado no Pará, associado a uma viagem internacional, e três em Mato Grosso do Sul, que estão em investigação para confirmar a origem.
Em nota, o ministério explicou que o subclado K corresponde a uma variação genética da Influenza A (H3N2), e não se trata de um vírus novo. A variante já está em circulação na América do Norte, Europa e Ásia.
O caso do Pará foi analisado pela Fiocruz, no Rio de Janeiro, enquanto as amostras do Mato Grosso do Sul foram processadas pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, ambos de referência nacional.
Nas duas situações, segundo o ministério, os laboratórios centrais dos respectivos estados identificaram a presença do vírus e enviaram para os centros de referência para sequenciamento, conforme os protocolos da vigilância.
O informe de vigilância das síndromes gripais, divulgado em 12 de dezembro, já havia confirmado a presença do vírus K no Brasil, mas sem revelar detalhes. O documento também confirmava a presença do subclado J.2.4, do mesmo vírus.
Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta para o aumento da circulação do vírus da influenza em nível global desde outubro. A maioria dos casos diz respeito ao subclado K (J.2.4.1) da influenza A (H3N2), a gripe K.
Segundo a organização, o crescimento coincide com o início do inverno no hemisfério norte e com a elevação das infecções respiratórias agudas causadas por vírus típicos da época.
Devido a esse aumento, a temporada de gripe sazonal pode chegar mais cedo ao hemisfério sul e, portanto, ao Brasil em 2026, de acordo com alerta disparado pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O pico de circulação dos vírus ocorre geralmente entre junho e agosto por aqui.
A OMS afirma que, em comparação com outras cepas em circulação, os dados epidemiológicos atuais não indicam aumento na gravidade da doença, embora o subtipo represente uma evolução dos vírus influenza A. De toda forma, as temporadas dominadas pelo subtipo A (H3N2) costumam estar associadas a maior gravidade, especialmente entre idosos.
No início de dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiu quais cepas deverão compor as vacinas contra influenza no Brasil em 2026, e o subtipo A (H3N2) está incluso, mas não o subclavo K.
Ainda assim, a OMS reforça que a vacinação continua sendo essencial para prevenir os sintomas mais fortes da gripe, em especial para grupos de risco.
Segundo o Ministério da Saúde, as vacinas ofertadas pelo SUS protegem contra formas graves da gripe, inclusive as causadas pelo subclado K.
No SUS, a vacina contra a gripe é aplicada em grupos mais vulneráveis. Em geral, são crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos.
Também podem se vacinar gratuitamente trabalhadores da saúde, puérperas, professores dos ensinos básico e superior, povos indígenas, pessoas em situação de rua e pessoas com doenças crônicas ou com deficiência permanente.
Principais sintomas
Os principais sintomas da gripe K são os mesmos de uma gripe comum:
- Febre alta (acima de 38°C)
- Calafrios
- Dor de cabeça
- Dores musculares e nas articulações
- Cansaço intenso e prostração
- Tosse seca
- Dor de garganta
- Coriza ou nariz entupido
- Mal-estar geral
Segundo o Ministério da Saúde, o quadro pode variar de acordo com a idade:
- Crianças: A temperatura corporal pode ficar muito alta e é possível encontrar "caroços" no pescoço (linfonodos); o paciente também pode apresentar problemas nos pulmões, como bronquite ou bronquiolite, e sintomas gastrointestinais.
- Idosos: Quase sempre apresenta febre, às vezes sem outros sintomas; geralmente a temperatura não atinge níveis tão altos.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
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