Uma mulher foi assassinada com cerca de 40 facadas, e segundo a Polícia Civil, a mandante do crime é a amante do marido dela. O assassinato aconteceu no dia 14 de outubro, em Belo Horizonte, mas só nesta terça-feira (10) os detalhes do crime foram divulgados.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o executor do crime, identificado como “Gu” de 33 anos, gostava da suspeita, e como "prêmio" pelo homicídio da vítima, ele teria a oportunidade de manter relações sexuais com a mandante.
A vítima E P.C. de 34 anos, foi morta quando voltava para a casa depois do trabalho. Ela desceu do ônibus, no qual seu marido era motorista e caminhou alguns metros a pé. Pouco tempo depois ela foi atacada pelo suspeito.
"No ano passado, a mandante do crime e o marido da vítima chegaram a morar juntos, mas ele retornou para a convivência com a esposa. Mas, apesar desse retorno, ele e a mandante mantinham alguns encontros. Em paralelo a isso, a mandante trabalhava junto com o executor em um hospital na região metropolitana de Belo Horizonte, na área de serviços gerais. E ele nutria um sentimento por ela, estava apaixonado pela mandante", explicou o delegado Leandro Alves.
A suspeita identificada como “Cris” de 30 anos, aproveitou dos sentimentos do colega por ela e começou a fazer a cabeça de Gu, afirmando que estava sendo ameaçada por E P.C., o que não era verdade. A princípio, Cris chegou a pedir que o homem arrumasse uma outra pessoa para cometer o crime. Ela estava disposta a pagar R$ 1,5 mil.
"Ela foi trabalhando a cabeça dele e o convenceu a assumir a ação. Dias antes do crime, eles começaram a monitorar os passos da vítima. Iam até a estação que ela passava, iam ao serviço dela. No dia do assassinato, o executor esperou por mais de uma hora para que a vítima descesse no ponto de ônibus. Ele foi sozinho ao local do crime", detalhou o policial.
Para convencer o executor a cometer o assassinato, Cris disse a Gu que, assim que a rival fosse morta ficaria com ele mantendo relações sexuais ou até mesmo um relacionamento estável.
"O que ele diz em oitiva é que a relação sexual com ela não se consumou. Até então, a mandante e o executor trocavam mensagens eróticas e tinham contatos íntimos, que ele não explicou exatamente como seriam. A intenção dela era ficar com o marido da vítima", contou o delegado.
As informações que Gu passou para a polícia são controversas das apresentadas por Cris. Segundo a polícia, ela negou contato constante com o colega e tentou criar uma outra versão para os fatos. Cris alega que o homem tinha um amor platônico por ela e, como trabalhavam juntos, ela disse que comentou com o homem que estava sendo ameaçada e, por isso, "da própria cabeça" ele teria decidido cometer o crime.
De acordo com o delegado, o marido de E P.C. não tem envolvimento com o homicídio, mas assumiu que se encontrava esporadicamente com a mandante, mas não tinha menor ideia do dos planos da amante.
As prisões temporárias da mandante e do executor foram realizadas nessa segunda-feira (9). No entanto, a Polícia Civil vai representar pelas prisões preventivas. Eles podem responder homicídio qualificado por motivo torpe e meio que impossibilitou a defesa da vítima.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias