Uma instabilidade registrada nesta terça-feira (18) comprometeu o funcionamento de plataformas como X (antigo Twitter), ChatGPT e outros serviços populares, após um problema identificado na infraestrutura da Cloudflare, empresa amplamente utilizada para segurança e otimização de tráfego na internet.
Segundo o Downdetector, milhares de usuários passaram a relatar dificuldades de acesso logo depois das 8h30 (horário de Brasília), apontando falhas tanto em sites de grande porte quanto em aplicativos que dependem da rede da companhia.
Em comunicado, a Cloudflare informou ter percebido “um pico de tráfego incomum em um dos serviços da Cloudflare a partir das 11h20 UTC [aproximadamente 8h20 em Brasília]”, situação que gerou erros ao processar solicitações que passavam pela sua infraestrutura. A empresa declarou inicialmente não conhecer a origem do problema, mas aplicou uma correção, permitindo que boa parte dos serviços voltasse ao funcionamento próximo ao meio-dia.
Na atualização mais recente divulgada em seu painel de status, a Cloudflare registrou que “o incidente já foi resolvido” e reforçou que a equipe segue monitorando o comportamento da rede para confirmar a normalização completa.
A instabilidade provocou impacto em uma variedade de plataformas e aplicativos. Usuários relataram lentidão ou falhas ao tentar utilizar serviços como o aplicativo de encontros Grindr, a ferramenta de videoconferências Zoom e o Canva, plataforma de design gráfico.
O X exibiu para parte dos usuários uma mensagem indicando falha relacionada ao servidor interno e atribuída a um “erro” ligado ao Cloudflare. Já o site do ChatGPT mostrou avisos solicitando que o visitante “desbloqueie os desafios cloudflare.com para prosseguir”.
Antes da correção, a Cloudflare já havia informado em seu painel que os erros “podem afetar vários clientes” e, posteriormente, acrescentou que alguns usuários ainda poderiam perceber taxas de erro superiores ao normal enquanto os ajustes continuavam.
A Cloudflare atua como uma das principais provedoras globais de segurança e proteção contra tráfego malicioso, verificando, por exemplo, se o acesso a um site é feito por humanos ou bots. A empresa afirma que cerca de 20% de todos os sites do mundo utilizam algum de seus serviços. Ainda não há estimativa de quantos foram afetados ou em qual escala.
O próprio Downdetector apresentou falhas de carregamento durante o pico de instabilidade, dificultando o acesso de usuários que buscavam informações sobre as interrupções.
Para Alp Toker, diretor da NetBlocks, organização que monitora serviços de conectividade, o episódio indica “uma interrupção catastrófica na infraestrutura da Cloudflare”. Segundo ele, grande parte da internet utilizou a empresa nos últimos anos para se proteger de ataques de negação de serviço, o que reforça seu papel central dentro do ecossistema digital.
Toker também afirmou que essa dependência ampliada transformou a companhia em “um dos maiores pontos únicos de falha da internet”. Por volta do meio-dia (horário de Brasília), as ações da Cloudflare registravam queda de cerca de 3%.
A instabilidade desta terça-feira ocorreu poucas semanas após uma interrupção que afetou a Amazon Web Services, deixando mais de 1 mil sites e aplicativos indisponíveis. Logo depois, o Microsoft Azure também enfrentou problemas semelhantes.
Na avaliação de Jake Moore, consultor global de segurança cibernética da ESET, os episódios recentes evidenciam a fragilidade da dependência de grandes redes para hospedagem e operação de serviços digitais. Segundo ele, muitas empresas acabam usando plataformas como Cloudflare, Microsoft e Amazon por falta de alternativas comparáveis no mercado.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
FIQUE BEM INFORMADO, SIGA O SETE LAGOAS NOTÍCIAS NAS REDES SOCIAIS:
Twitter - X
https://twitter.com/7lagoasnoticias
Instagram:
https://www.instagram.com/setelagoasnoticias
Facebook:
https://www.facebook.com/setelagoasnoticias

