Em coletiva concedida na manhã desta segunda-feira (4), a Polícia Civil apontou a a ação truculenta dos seguranças contratados pela boate Hangar 677 como a causa da morte do fisiculturista sete-lagoano Alan Guimarães Pontello, de 25 anos. O fato ocorreu no dia 2 de setembro deste ano, quando Alan e um grupo de amigos se divertia no local, até o jovem ser abordado pelos funcionários da casa de shows, localizada no Bairro Olhos D`Água, em Belo Horizonte (relembre o caso).
Os seguranças Carlos Felipe Soares, de 30 anos, e William da Cruz Leal, de 32 anos, foram indiciados como autores do crime. Também foram indiciados Paulo Henrique Pardim de Oliveira, de 29 anos, e um cabo da Polícia Militar, cujo nome não foi revelado pela Polícia Civil. Os dois últimos prestavam serviços informalmente na boate.
O superindente de Polícia Judiciária, delegado-geral Márcio Lobato, deu ênfase à expertise da equipe envolvida nas investigações, que conseguiu identificar não só as circunstâncias do crime, mas também as motivações.
De acordo com o delegado responsável pelo inquérito, Magno Machado, os seguranças Carlos e William desconfiaram que Alan e um amigo portavam drogas, quando eles se dirigiam para o banheiro. Eles foram seguidos e com a vítima foram encontradas substância ilícitas.
Alan foi levado para uma sala reservada, longe do alcance das câmaras de segurança. “Nesse momento, Paulo Henrique se aproximou e se identificou como policial civil, informando à vítima que a mesma seria presa. Alan se desesperou e tentou sair do local, momento em que passou a ser agredido”, destacou Machado.
O delegado disse ainda que Paulo Henrique tinha o hábito de se passar por policial para extorquir, por meio de chantagem, os clientes flagrados com drogas na boate. No momento das agressões, ele sacou a arma de fogo e impediu que outras pessoas se aproximassem da vítima.
O militar auxiliou no crime evitando a aproximação de outros clientes, ainda de acordo com o delegado. “Durante as agressões, Carlos aplicou um mata-leão em Alan Pontello, fato determinante para a sua morte”, concluiu o delegado.
Os quatro envolvidos foram indiciados por homicídio qualificado, “mediante asfixia e com o emprego de meio que dificultou a defesa da vítima”. Carlos Felipe foi detido em 24 de outubro e permanece preso. Já William e Paulo Henrique não foram localizados e têm mandado de prisão em aberto.
Da Redação
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