Nesta quarta-feira (9) a cientista-chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, declarou que a princípio a vacinação contra Covid-19, deve priorizar apenas pessoas que têm mais altos riscos de infecção, e que provavelmente as vacinas para a população em geral só deve acontecer em 2022. Ela justificou que essa demora se deve por desafios científicos e estruturais envolvidos na produção dos imunizantes.
“É muito importante que as pessoas saibam que, quando as vacinas vierem, elas levarão tempo para serem aplicadas em toda a população. (...) Isso vai demorar. Certamente até 2022, para ver essa mudança acontecer, nós teremos que ser disciplinados”, explica Swaminathan.
Soumya lembrou que os resultados dos testes de fase 3 só começarão a ser divulgados no fim deste ano e no início de 2021. "Então, será preciso passar pelo processo de avaliação e licenciamento", disse. Além disso, ela apontou que esta é a primeira vez que o mundo precisará de bilhões de doses de uma vacina, e por isso as estruturas de produção precisam ser reforçadas ou expandidas.
Ainda nesta quarta-feira (9), a OMS afirmou em nota que está satisfeita em ver os desenvolvedores da vacina de Oxford-AstraZeneca se certificando de que os ensaios clínicos têm integridade científica. Os testes dessa vacina foram suspensos na terça-feira (8) porque um dos participantes foi diagnosticado com uma reação adversa que pode estar ligada ao imunizante.
Suspensão dos testes
A suspensão dos ensaios clínicos é um procedimento padrão que acontece sempre que surge uma doença inesperada em um dos participantes, afirmaram em nota a universidade e a empresa.
De acordo com a universidade, em grandes ensaios clínicos, uma doença pode acontecer por acaso, sem que haja uma relação com a vacina em teste, mas é preciso que haja uma análise independente do quadro.
Segundo a AstraZeneca, o "procedimento padrão de revisão" dos estudos foi acionado e a vacinação foi pausada "voluntariamente para permitir a revisão dos dados de segurança por um comitê independente".
"Esta é uma ação rotineira que deve acontecer sempre que for identificada uma potencial reação adversa inesperada em um dos ensaios clínicos, enquanto ela é investigada, garantindo a manutenção da integridade dos estudos," disse AstraZeneca.
Da Redação
Com informações G1
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