Morreu nesse domingo (8) a sétima vítima de intoxicação pela substância dielenoglicol, que foi encontrada em vários lotes de cervejas da Backer. A substância é altamente tóxica e imprópria para consumo humano, além de causar graves danos nos rins.
Ronaldo Victor Santos, de 49 anos, ficou internado 50 dias, em um hospital particular do Barreiro, com sintomas de insuficiência renal aguda e problemas neurológicos. O paciente recebeu todos os cuidados médicos, mas não resistiu e acabou falecendo nesse domingo. O corpo do homem foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para fazer os procedimentos da necrópsia.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), informou que há 27 casos de intoxicação pela substância sendo investigados. Quatro desses casos já foram confirmados pelo SES.
No início deste ano o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento interditou a cervejaria, por suspeitas de intoxicação. Várias pessoas foram internadas em Minas Gerais após consumir cervejas com o rótulo da Backer.
Depois de uma perícia, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA/MG), encontrou etilenoglicol e dietilenoglicol, em mais de 14 lotes de cervejas feitas pela Backer, produzidas no período de julho de 2019 e janeiro de 2020. As duas substâncias são tóxicas e impróprias para consumo.
Segundo o jornal O Tempo, no dia 14 de fevereiro, a Justiça de Minas Gerais acatou um pedido do Ministério Público de Minas Gerais e declarou bloqueio de contas e bens móveis da cervejaria até o valor máximo de R$ 100 milhões para reparação às vítimas. No entanto, na última quarta-feira (4), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acatou um pedido da Backer para reduzir o valor máximo e, agora, estarão bloqueados apenas R$ 5 milhões para reparação.
A fábrica da Backer está interditada desde 10 de janeiro por decisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Da Redação
Sete Lagoas Notícias