Um grupo de trabalho criado para entender e buscar possíveis soluções para os recentes tremores que vêm ocorrendo em Sete Lagoas, se reuniu com o pesquisador Dr. Paulo Roberto Antunes Aranha, professor do Instituto de Geociências do Departamento de Geologia da UFMG, na tarde desta terça-feira (28). A reunião, que foi realizada de maneira online, serviu para tirar dúvidas e passar informações ao pesquisador, que passou mais orientações.
Pelo grupo de trabalho, participaram da reunião Edmundo Diniz Alves, secretário municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Turismo (Semadetur); Sérgio Andrade de Carvalho Júnior, coordenador da Defesa Civil e comandante da Guarda Civil Municipal; Antônio Garcia Maciel, secretário municipal de Obras, Segurança, Trânsito e Transporte; Jonas Felisberto Dias, coordenador de Ordenamento Urbano; e servidores da Semadetur.
Conforme explicado pelo pesquisador, sismos ocorrem como enxames, atacam por um tempo e podem ficar anos sem aparecer. "Em 92 e 94 Betim teve um enxame de sismos absurdo. Montes Claros também. Em Divinópolis ouve alguns em janeiro e, agora, em Sete Lagoas", lembrou o pesquisador.
Edmundo Diniz anunciou que o Centro de Sismologia da USP instalou um sismógrafo local na Fazenda Arizona, mas por um período de 60 dias. “Quinzenalmente um funcionário extrai os dados para análise. Nenhum município tem essa expertise, apenas os centros sismológicos. Por isso queremos saber quais equipamentos precisamos ter aqui para registrar esses dados em parceria com as universidades", pediu o secretário.
Para o pesquisador, no entanto, o ideal seria ter mais sismógrafos na cidade, funcionando via wireless e enviando as informações em tempo real para o centro de controle. "Não sendo possível, outra possibilidade é colocar as estações e, de tempos em tempos, um técnico baixar os dados. Se tivermos esse equipamento, poderemos registrar os abalos com maior precisão", afirmou.
Dr. Paulo Roberto acrescentou ainda que são necessários softwares adequados para analisar esses dados e uma estação de trabalho com computador de bom porte e impressora. "Vamos dimensionar esse projeto mínimo e passar para vocês o mais rápido possível. Precisamos ainda contatar os fornecedores para termos uma ideia do preço. Mas, em princípio, pela análise remota que fazemos, nada mudou em relação aos últimos abalos. Todos são provenientes da mesma região. A margem de erro é de metros a poucos quilômetros. Mas apenas os equipamentos instalados no local poderão trazer informações mais precisas, com poucos metros de diferença. E quanto mais estações, maior será a precisão. Os sismógrafos devem ficar em locais seguros e afastados de ruídos para não atrapalhar a interpretação dos dados", explicou.
Ao final da reunião, ficou acertada a vinda do professor a Sete Lagoas para a realização de palestras na cidade para informar a população. Os locais de instalação das estações ainda serão definidos. Em caso de identificação de trincas ou rachaduras ocasionadas em função de um tremor, acione imediatamente a Defesa Civil Municipal pelo 153.
Da Redação
Com informações Ascom PMSL
Sete Lagoas Notícias
FIQUE BEM INFORMADO, SIGA O SETE LAGOAS NOTÍCIAS NAS REDES SOCIAIS:
Twitter:
https://twitter.com/7lagoasnoticias
Instagram:
https://www.instagram.com/setelagoasnoticias
Facebook:
https://www.facebook.com/setelagoasnoticias