Você já ouviu falar sobre o Mecanismo Especial de Devolução (MED)? A ferramenta será desenvolvida pelo Banco Central (BC), até 2026, e o objetivo é facilitar a devolução de dinheiro perdido em golpes envolvendo o Pix.
Nesta semana, inclusive, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) recomendou ao BC algumas melhorias no MED, para permitir um rastreio de todas as contas em que o dinheiro da vítima passar após a fraude.
Mas como o sistema vai funcionar?
De acordo com a Febraban, a partir do funcionamento do MED, o cliente que for vítima de fraude, golpe ou crime poderá reclamar em sua instituição nos canais de atendimento em até 80 dias contados a partir da data da realização do Pix. Ao efetuar a reclamação, os recursos são bloqueados na conta do recebedor para análise detalhada do caso.
Caso a fraude seja comprovada após a queixa, os recursos serão devolvidos à vítima. Entretanto, a devolução depende da disponibilidade de fundos na conta do responsável por aplicar o golpe ou a fraude.
Proposta
Atualmente, a notificação de infração associada à devolução de valores permite o bloqueio de valores apenas na primeira conta recebedora do recurso, ou seja, na primeira camada a qual o dinheiro foi enviado. A Febraban propôs ao Banco Central para que o fluxo atual permita o bloqueio de valores enviados também para outras contas, em um esquema de triangulação do recurso.
A proposta foi aceita pelo BC. De acordo com Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, o objetivo é reduzir a prática das diferentes modalidades de fraudes e golpes utilizando o Pix como meio.
“Já observamos que os criminosos espalham o dinheiro proveniente de golpes e crimes em várias contas de forma muito rápida e, por isso, é importante aprimorar o sistema para que ele atinja mais camadas. A Febraban acredita que o MED 2.0 será um grande avanço para a prevenção e combate a golpes e fraudes e possibilitará também maior êxito no bloqueio e recuperação de valores”, avalia.
Faria também orienta que o cliente, ao notar que caiu em um golpe, procure imediatamente seu banco para que o mecanismo do MED seja acionado, e a chance de recuperação dos valores seja maior. “Entendemos que o MED deverá estar em constante evolução para estarmos sempre à frente dos criminosos”, acrescenta.
Como usar o MED
Ao perceber que foi vítima de um golpe, o cliente deve entrar em contato com seu banco, através do aplicativo ou pelos canais oficiais e acionar o MED;
O banco irá avisar a instituição do suposto golpista e este irá bloquear o valor que estiver disponível em sua conta;
O caso será analisado. Se concluírem que não foi fraude, o recebedor terá os recursos desbloqueados. Se for fraude, o cliente receberá o dinheiro de volta, a depender do montante disponível na conta do golpista;
O MED também pode ser utilizado quando existir falha operacional no ambiente Pix de sua instituição, por exemplo, quando ela efetuar uma transação em duplicidade;
Quais as principais tentativas de golpe?
A Febraban alerta que não faz operações bancárias e não entra em contato com pessoas, físicas ou jurídicas, para confirmação de dados pessoais. A Federação pede que a população tenha cuidado com ligações e links desconhecidos, com uso do cartão de crédito e com as senhas pessoais.
Veja, abaixo, os golpes mais comuns aplicados no país:
- Golpe da falsa central de atendimento;
- Golpe do falso motoboy;
- Golpe do falso leilão;
- Golpe no whatsapp;
- Golpe da troca de cartão;
- Cuidado com as senhas;
- Golpe do link falso;
- Golpe do delivery com maquininha quebrada;
- Golpe do falso boleto;
- Proteção de dados no celular ou dispositivo;
- Golpe do falso presente;
- Golpe do falso empréstimo;
- Acesso remoto ou mão fantasma.
Por O Tempo
Sete Lagoas Notícias
FIQUE BEM INFORMADO, SIGA O SETE LAGOAS NOTÍCIAS NAS REDES SOCIAIS:
Twitter - X
https://twitter.com/7lagoasnoticias
Instagram:
https://www.instagram.com/setelagoasnoticias
Facebook: