Deise Moura dos Anjos, acusada de envenenar um bolo que resultou na morte de três pessoas de uma mesma família, foi encontrada sem vida na cela onde estava presa na manhã desta quinta-feira (13). As autoridades trabalham com a principal hipótese de suicídio.
(Foto: Reprodução)
A Polícia Penal divulgou uma nota informando que Deise foi encontrada sem sinais vitais durante a conferência matinal na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba. De acordo com o comunicado, os agentes prisionais prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), que constatou o óbito ao chegar no local. No momento da morte, Deise estava sozinha na cela. As circunstâncias do falecimento serão investigadas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias.
O crime que chocou o país
O caso teve início em uma confraternização familiar na véspera do Natal de 2024, que terminou em tragédia. Durante o evento, realizado em Arroio do Sal (RS), um bolo contaminado com arsênio foi servido, levando à morte de três pessoas e deixando outras duas hospitalizadas.
As investigações apontaram que o bolo foi preparado por Zeli dos Anjos em 23 de dezembro. A suspeita é de que a farinha utilizada na receita já estava contaminada, podendo ter sido ingerida anteriormente em um encontro que acabou cancelado. Seis pessoas da família consumiram o alimento: Zeli, suas irmãs Neuza e Maida, sua sobrinha Tatiana e seu sobrinho-neto Matheus. O único a não apresentar sintomas foi Jefferson, marido de Neuza.
Na madrugada de 24 de dezembro, Neuza e Maida faleceram após ingerirem o bolo. Tatiana, Matheus e Zeli foram internados em estado grave. No dia seguinte, Tatiana também morreu. A polícia realizou a perícia no local onde o bolo foi consumido, reforçando a suspeita de envenenamento.
No início de janeiro, Matheus recebeu alta do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres (RS), enquanto Zeli continuou internada. No dia 5 de janeiro de 2025, Deise Moura dos Anjos foi presa preventivamente sob acusação de triplo homicídio qualificado e tripla tentativa de homicídio.
As investigações seguiram apurando se Deise já havia utilizado o mesmo método em outras ocasiões. Em 8 de janeiro, a polícia exumou o corpo de Paulo Luiz dos Anjos para verificar a presença de arsênio. O resultado confirmou a contaminação, fortalecendo a hipótese de que Deise também teria sido responsável por sua morte.
Nos dias seguintes, surgiram indícios de que Deise poderia ter tentado envenenar outras pessoas de seu convívio. As autoridades continuavam reunindo provas para determinar a extensão dos crimes quando a suspeita foi encontrada morta na prisão.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
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