A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apresentou, na manhã de sexta-feira (31), os resultados da Operação Proteção, ação coordenada com foco na defesa de crianças e adolescentes contra a criminalidade. O balanço apontou a apreensão de 18 jovens aliciados por organizações criminosas e a prisão de 16 indivíduos condenados por crimes sexuais.
Segundo o delegado Eduardo Dantas, responsável pela 2ª Delegacia Especializada em Investigação de Ato Infracional, a principal meta foi interromper o recrutamento de adolescentes por facções. Ele explicou que muitos jovens vinham sendo atraídos para o tráfico de drogas, furtos e roubos. “Executamos 18 mandados de busca e apreensão para encaminhar esses adolescentes ao Judiciário, de forma a viabilizar medidas de ressocialização”, informou.
Dos 18 adolescentes detidos, 11 foram internados provisoriamente. Entre eles, cinco integravam a chamada “gangue da marcha Ré”, grupo envolvido em furtos e arrombamentos em Belo Horizonte. Eduardo Dantas observou que esses jovens eram utilizados como executores diretos das ações. “As facções os colocam na linha de frente, especialmente no tráfico. Quando há abordagem policial, eles são os primeiros a fugir, conhecidos como ‘vapor’”, detalhou.
O delegado ressaltou ainda que a rapidez nas investigações é fundamental para evitar a reincidência em práticas mais graves. “A intervenção precoce impede que o adolescente avance para delitos violentos. O objetivo é agir de forma ágil e garantir a proteção integral com medidas adequadas de reinserção social”, afirmou.
A operação, realizada com apoio da Polícia Militar (PM), ocorreu durante o Mês das Crianças, reforçando o caráter preventivo da ação.
No mesmo período, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, em parceria com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/MG), executou mandados de prisão contra condenados por crimes sexuais. De acordo com o delegado Diego Lopes, 16 pessoas foram presas, sendo quatro em outros estados, oito no interior e quatro na capital. “Localizamos foragidos que se escondiam com auxílio de terceiros. A integração entre as forças policiais foi determinante para o sucesso da operação”, explicou.
Um dos casos destacados ocorreu em Caldas Novas, em Goiás, onde foi preso um homem condenado por manter uma menina de 13 anos como companheira. Ele havia fugido de Belo Horizonte e levado a vítima de um abrigo. No momento da prisão, ambos estavam em um hotel, e a adolescente havia sido novamente abusada.
Para Diego Lopes, o episódio exemplifica a gravidade da exploração de menores. “Trata-se de uma vítima que nem compreendia que era alvo de abuso, o que reforça a importância de ações permanentes e cooperação entre os estados”, afirmou.
A Polícia Civil informou que novas fases da Operação Proteção estão previstas para os próximos meses, com foco na captura de foragidos e na prevenção de crimes de exploração sexual infantil. “Seguiremos com investigações qualificadas e ações conjuntas para assegurar a proteção de crianças e adolescentes em todo o estado”, concluiu o delegado.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
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