Dois bebês com menos de um ano de idade morreram em decorrência de meningite em Belo Horizonte, conforme informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). Os óbitos foram registrados até o início de julho. Além dessas vítimas, a cidade contabilizou, no mesmo período, 12 mortes por meningite e 96 casos da doença. Durante todo o ano de 2024, foram notificados 155 casos e 23 mortes, o que representa um aumento de 28% em relação a 2023, quando ocorreram 18 óbitos e 154 registros da enfermidade. Os dados abrangem todas as formas da doença, que podem ser causadas por vírus, bactérias ou fungos.
O diretor de promoção à saúde da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Paulo Roberto Lopes Corrêa, não especificou qual tipo de meningite causou a morte dos dois bebês e também não detalhou o esquema vacinal das crianças. Corrêa destacou a importância da vacinação, mas ponderou que nem todas as formas da doença podem ser prevenidas por meio de imunizantes. “Existem meningites provocadas por agentes para os quais ainda não há vacina. Por isso, nem todo caso poderia ter sido evitado com a imunização. Mesmo assim, é essencial manter o calendário vacinal atualizado. A situação vacinal precisa ser analisada em cada caso”, explicou.
O risco de transmissão da meningite aumenta durante o outono e o inverno, quando há maior aglomeração de pessoas, conforme ressaltou Corrêa. “Neste período, a proximidade favorece a disseminação não só da meningite, mas também da Covid-19, das síndromes gripais e de algumas pneumonias. Entretanto, é importante lembrar que a meningite ocorre durante todo o ano e casos continuam sendo registrados mesmo nos meses mais quentes”, alertou o diretor.
Cobertura vacinal em Minas Gerais não atinge a meta
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Minas Gerais não alcançou a meta de cobertura vacinal para a vacina Meningocócica C (Meningo C) até março. Dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) indicam que, no estado, a cobertura era de 86,96% entre bebês menores de 1 ano e de 94,69% para crianças de 1 ano. Em Belo Horizonte, os índices ficaram abaixo desses percentuais: de janeiro a março, a cobertura da vacina Meningocócica C foi de 76,04% entre menores de 1 ano e 91,98% entre crianças de 1 ano. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde é vacinar 95% do público-alvo.
O diretor da Vigilância Epidemiológica informou que Belo Horizonte tem adotado medidas para ampliar a cobertura vacinal, como a aplicação de vacinas em escolas de educação infantil. “Uma das ações mais importantes neste momento é a vacinação nas escolas, onde verificamos o cartão de vacinação e aplicamos as doses que estiverem pendentes”, disse Corrêa.
Ministério da Saúde amplia imunização contra meningite
Desde o dia 1º de julho, o Ministério da Saúde passou a disponibilizar a vacina meningocócica ACWY para crianças de doze meses nos postos de saúde. O esquema vacinal recomendado prevê duas doses da vacina meningocócica C aos três e cinco meses de idade, com reforço aos doze meses. Crianças que já receberam as duas doses da meningocócica C e o reforço não precisam tomar a ACWY neste momento. Porém, aquelas que não foram vacinadas aos doze meses poderão receber a ACWY como dose de reforço.
Outras vacinas ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como BCG, penta e pneumocócicas (10, 13 e 23-valente), também oferecem proteção contra alguns tipos de meningite.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
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