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Veja como as fibras ajudam a proteger o corpo de bactérias ruins

03/06/25 - 15:11
Foto: Getty Images - O corpo humano abriga bactérias que formam um ecossistema complexo; enquanto muitas são essenciais ao organismo, algumas podem ser potencialmente fatais
Foto: Getty Images - O corpo humano abriga bactérias que formam um ecossistema complexo; enquanto muitas são essenciais ao organismo, algumas podem ser potencialmente fatais

 

 

O corpo humano abriga diversas bactérias, muitas delas essenciais para o funcionamento do organismo, mas algumas podem ser potencialmente fatais. Elas vivem na pele, no intestino, na boca e em outras partes do corpo, formando um ecossistema complexo. No entanto, o que determina se essas bactérias permanecerão inofensivas ou se tornarão perigosas é o equilíbrio desse sistema.

 

“O grupo de bactérias chamado Enterobacteriaceae, incluindo Klebsiella pneumoniae, Shigella, E. coli e outras, está presente em níveis baixos como parte de um microbioma intestinal humano saudável. Mas em níveis altos — causados, por exemplo, pelo aumento da inflamação no corpo ou pela ingestão de alimentos contaminados — esses microrganismos podem causar doenças e enfermidades. Em casos extremos, muitas Enterobacteriaceae no intestino podem ser fatais”, explica a nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia.

 

O que equilibra essa balança é a presença de boas bactérias, que são nutridas pelas fibras alimentares, conforme demonstra estudo recente publicado na revista Nature Microbiology, chamado “Ecological dynamics of Enterobacteriaceae in the human gut microbiome across global populations”. “Pesquisadores usaram abordagens computacionais, incluindo inteligência artificial, para analisar a composição do microbioma intestinal de mais de 12.000 pessoas em 45 países a partir de suas amostras de fezes”, afirma.

 

Conforme a médica, no estudo, os pesquisadores “descobriram que a ‘assinatura’ do microbioma de uma pessoa pode prever se o intestino de uma pessoa tem probabilidade de ser colonizado por Enterobacteriaceae. Os resultados são consistentes em diferentes estados de saúde e localizações geográficas e mostram a importância do consumo das fibras alimentares”.

 

Proteção contra infecções

Os pesquisadores identificaram 135 espécies de micróbios intestinais que são comumente encontradas na ausência de Enterobacteriaceae, provavelmente protegendo contra infecções. “Notáveis entre as espécies protetoras do intestino estão um grupo de bactérias chamado Faecalibacterium, que produzem compostos benéficos chamados ácidos graxos de cadeia curta ao quebrar fibras nos alimentos que comemos. Isso parece proteger contra infecções por uma série de bactérias Enterobacteriaceae causadoras de doenças”, diz a nutróloga.

 

Importância do consumo de fibras

Os pesquisadores sugerem que comer mais fibras em nossa dieta apoiará o crescimento de bactérias boas — e eliminará as ruins, reduzindo significativamente o risco de doenças. “Por isso que a base da alimentação deve ter folhas, verduras, frutas, leguminosas, cereais integrais e sementes que protegem e alimentam a microbiota saudável”, diz a médica.

 

A Dra. Marcella Garcez explica que os resultados da pesquisa indicam “que o que comemos é potencialmente muito importante no controle da probabilidade de infecção por uma série de bactérias. Ao consumir fibras em alimentos como vegetais, feijões e grãos integrais, podemos fornecer a matéria-prima para que nossas bactérias intestinais produzam ácidos graxos de cadeia curta — compostos que podem nos proteger desses micróbios patogênicos”.

 

Protegendo-se contra bactérias ruins

A médica explica que Klebsiella pneumoniae pode causar pneumonia, meningite e outras infecções. “O alarmante aumento global na resistência a antibióticos para esse patógeno bacteriano levou cientistas a procurar novas maneiras de mantê-lo sob controle (assim como no caso de outras bactérias infecciosas semelhantes)”, diz.

 

A Dra. Marcella Garcez alerta que, com maiores taxas de resistência a antibióticos, ocorre uma redução nas opções de tratamento disponíveis para os humanos. “A melhor abordagem agora é prevenir infecções que ocorrem em primeiro lugar, e podemos fazer isso reduzindo as oportunidades para essas bactérias causadoras de doenças prosperarem em nosso intestino”, explica.

 

Reduzindo risco de infecção com Enterobacteriaceae

O novo estudo publicado na Nature revelou que 172 espécies de micróbios intestinais podem coexistir com bactérias Enterobacteriaceae causadoras de doenças. “Muitas dessas espécies são funcionalmente semelhantes às bactérias: elas precisam dos mesmos nutrientes para sobreviver. Anteriormente, pensava-se que a competição por recursos impediria que as bactérias causadoras de doenças se estabelecessem no intestino”, explica a médica.

 

Isso tem implicações importantes para o tratamento: tomar probióticos que competem pelos mesmos nutrientes com as bactérias ruins para tentar matá-las de fome pode não funcionar. “É fundamental e será mais benéfico, segundo este estudo, mudar o ambiente no intestino, por exemplo, por meio da alimentação ou suplementação de fibras prebióticas e probióticos com orientação médica, para reduzir o risco de infecção com Enterobacteriaceae”, finaliza a Dra. Marcella Garcez.

 

 

Por NSC Total

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