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Minas Gerais registra 172 mortes por intoxicação medicamentosa em menos de dois anos

06/11/25 - 10:19
Foto: Freepik - O tema voltou a ganhar destaque após o falecimento do cantor e compositor Lô Borges, ocorrido no domingo (2), em decorrência de falência múltipla de órgãos após um quadro de intoxicação medicamentosa
Foto: Freepik - O tema voltou a ganhar destaque após o falecimento do cantor e compositor Lô Borges, ocorrido no domingo (2), em decorrência de falência múltipla de órgãos após um quadro de intoxicação medicamentosa

 

 

O registro de 172 mortes por intoxicação medicamentosa em Minas Gerais entre 2024 e 20 de outubro de 2025 acende um alerta para um problema de saúde pública que cresce de forma silenciosa. Os dados são do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e indicam que 115 óbitos ocorreram em 2024 e 57 neste ano, em casos de uso acidental, intencional ou de exposição a medicamentos. Especialistas apontam que o consumo sem orientação médica, o descarte inadequado e a combinação de remédios com outras substâncias estão entre os principais fatores que levam à intoxicação, capaz de causar complicações graves e até a morte.

 

O tema voltou a ganhar destaque após o falecimento do cantor e compositor Lô Borges, ocorrido no domingo (2), em decorrência de falência múltipla de órgãos após um quadro de intoxicação medicamentosa. O artista, que foi um dos fundadores do Clube da Esquina, estava internado desde o dia 17 de outubro no Hospital da Unimed, em Belo Horizonte. Durante o período de internação, chegou a ser intubado e passou por traqueostomia, mas morreu às 20h50 do domingo.

 

O caso ilustra um cenário mais comum do que se imagina. Medicamentos amplamente utilizados, como analgésicos e anti-inflamatórios de venda livre, também podem representar risco se utilizados de forma inadequada. De acordo com a pesquisadora Maria de Fátima Leite, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Hepatologia 360º (INCT Hepatologia 360º) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o uso incorreto desses fármacos pode causar reações alérgicas severas, gastrite e até insuficiência renal.

 

A especialista explica que tanto a combinação de diferentes medicamentos quanto o uso simultâneo com bebidas alcoólicas, chás ou fitoterápicos pode gerar reações adversas graves. “Muitos acreditam que produtos naturais são inofensivos, mas podem ter alta toxicidade ao interagir com remédios. O mesmo vale para antibióticos usados de forma incorreta, que continuam sendo muito mal administrados”, alerta.

 

Ela também chama atenção para um erro comum: o consumo de medicamentos com o mesmo princípio ativo, mas nomes comerciais diferentes, o que pode causar superdosagem. Um exemplo citado é o da auxiliar de serviços gerais Stephanie Souza, de 49 anos, cuja filha de 15 anos ingeriu acidentalmente um medicamento com paracetamol usado pelo pai no tratamento de reumatismo, acreditando tratar-se de um simples analgésico. “Levamos ela ao médico e, felizmente, não teve complicações”, relatou.

 

De acordo com a pesquisadora da UFMG, situações semelhantes podem evoluir para quadros hepáticos graves. “A intoxicação medicamentosa pode desencadear ou agravar lesões no fígado e em outros órgãos. O fígado é o principal responsável pelo metabolismo dos fármacos e, quando sobrecarregado, sofre rapidamente os efeitos tóxicos. Casos que exigem hemodiálise, traqueostomia e ventilação mecânica já indicam comprometimento avançado”, explica.

 

Entre as medidas preventivas, Maria de Fátima Leite recomenda manter os medicamentos na embalagem original, evitar o descarte em lixo comum, pias ou vasos sanitários, e entregá-los em farmácias com pontos de coleta. Em casos de ingestão acidental, não se deve induzir o vômito nem ingerir líquidos sem orientação profissional. “Cada caso requer atendimento especializado, com informações precisas sobre o medicamento envolvido”, reforça.

 

A pesquisadora ainda destaca o papel do farmacêutico na prevenção. “Ao comprar qualquer remédio, é fundamental conversar com o farmacêutico, que é capacitado para orientar sobre interações medicamentosas e uso correto. A automedicação parece prática, mas é um comportamento arriscado, com potencial para consequências irreversíveis”, conclui.

 

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que as ações de prevenção, monitoramento e controle de intoxicações são de responsabilidade dos municípios.

 

Já a Prefeitura de Belo Horizonte esclareceu que, nos atendimentos de urgência e emergência por intoxicação medicamentosa nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), há suporte técnico do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Minas Gerais (CIATox-MG), vinculado ao Hospital João XXIII. Essa integração garante orientação especializada para o manejo clínico dos pacientes.

 

Em relação ao descarte de medicamentos, o município informou que os centros de saúde recebem produtos vencidos ou sem prescrição para uso e encaminham todo o material à incineração. Os medicamentos descartados nas próprias UPAs também são recolhidos e eliminados por uma empresa contratada, conforme as diretrizes do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS).

 

 

Da Redação

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