Um casal foi preso por suspeita de envolvimento na morte de um menino de 9 anos, ocorrida em agosto, em Belo Horizonte. As detenções da mãe da criança, de 24 anos, e do padrasto, de 39, ocorreram na noite de quarta-feira (15) e foram realizadas pela Polícia Civil de Minas Gerais. Os dois viviam com o garoto no bairro Flávio Marques Lisboa, na região do Barreiro. Durante o interrogatório, a mãe confessou o crime.
De acordo com as investigações, havia um histórico de agressões e indícios de que o casal tentou esconder o que realmente aconteceu. A mulher relatou ter batido no filho com chineladas e tapas no abdômen e nas costas, dizendo que “passou do ponto” e que estava sob o efeito de cocaína no momento das agressões. O padrasto, por sua vez, apresentou contradições sobre seu paradeiro na ocasião, o que levou a Justiça a considerar que ele tentou manipular informações e dificultar o trabalho policial.
A decisão que determinou a prisão dos dois aponta várias inconsistências no relato inicial do casal, que alegou que a criança havia se machucado na escola. A versão foi negada pela vice-diretora da instituição, e a médica que atendeu o menino na UPA Barreiro também suspeitou de agressão, pois o quadro clínico não correspondia à explicação dos responsáveis.
Vizinhos e uma denúncia anônima reforçaram as suspeitas, relatando que, na noite anterior à morte, ouviram pedidos de socorro da criança. Segundo as informações repassadas à polícia, o casal, supostamente usuário de drogas, agredia o menino com frequência.
Durante o velório, familiares perceberam atitudes que consideraram incomuns. Uma tia-avó contou à polícia que a mãe não demonstrava tristeza e chegou a sorrir durante a cerimônia. O padrasto, segundo parentes, não compareceu à despedida.
Na avaliação da Justiça mineira, a prisão do casal é necessária para garantir o andamento das investigações e evitar interferências na coleta de provas. A decisão ressalta a gravidade do caso e o risco de que, soltos, os suspeitos atrapalhassem o processo.
Os outros dois filhos da mulher foram retirados de casa pelo Conselho Tutelar e levados a um abrigo institucional. A mãe foi encaminhada ao Presídio de Vespasiano, na Região Metropolitana, e o padrasto ao Ceresp Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte. As prisões são temporárias, com prazo inicial de 30 dias, podendo ser prorrogadas conforme determinação judicial.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
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