A Polícia Civil ouviu na manhã desta terça-feira (31) dois ex-funcionários do asilo Acolhendo Vidas Para a Vida. O estabelecimento, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi denunciado por tortura e maus tratos dos internos na última semana. A delegada responsável pelo caso, Bianca Prado, já ouviu quatro antigos empregados da clínica no inquérito.
Quatro mortes já foram confirmadas no local, sendo três em 2018 e uma em 2019, suspeitas de terem sido motivadas pelos maus tratos. A mais recente foi a de Francisco de Assis, de cerca de 50 anos, internado no local há seis meses, depois de ficar cinco anos sob cuidados de familiares em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC).
A esposa de Francisco, Maria Lúcia de Oliveira, de 55 anos, não tem certeza se houve algo que provocou a morte do marido no local, mas denuncia um crime cometido pela dona do asilo. “Todo mundo que falece ela não entrega o documento. Ela me entregou o documento depois de uns três meses”, disse à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte.
A mulher também relatou que, após a morte de Francisco, a suspeita sacou dois meses da aposentadoria dele. “Eu só fiquei sabendo porque fui no banco e tirei o extrato. Eu sabia que era ela porque o documento estava com ela”, complementou Maria Lúcia.
A proprietária da clínica, de 47 anos, foi presa junto com a filha, de 27 anos, na última sexta-feira (26). A defesa delas havia informado, na última sexta-feira, que havia pedido a liberdade provisória das duas e que ainda aguarda a audiência de custódia. A Polícia Civil ainda está à procura de um cuidador, que já tem um mandado de prisão em aberto.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias