O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de risco de morte devido à hipertermia para 34 cidades de Minas Gerais, todas no Triângulo, que vêm sendo impactadas há mais de 10 dias por temperaturas contínuas acima dos 40º C.
A onda de calor que atinge as regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste do Brasil desde o último fim de semana derrubou os índices de umidade do ar em praticamente todo o território do estado. As altas temperaturas podem trazer risco de morte para moradores do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba.
Segundo a meteorologista da instituição Anete Fernandes, há risco de hipertermia, quando a temperatura corporal atinge patamares superiores aos 40°C, uma vez que a região sofre há mais de dez dias com temperaturas cerca de 5°C acima da média histórica.
O comunicado divulgado pelo instituto segue protocolos internacionais e foi divulgado em conjunto com a Defesa Civil estadual. No Triângulo Mineiro, a cidade mais afetada foi Campina Verde, que desde o início do mês vem registrando temperaturas máximas acima dos 40ºC, tendo recorde registrado no dia 2 de outubro, de 41.2º C.
O calor pode provocar desidratação intensa e alterar a temperatura corporal de quem mora nos municípios afetados. Entre as consequências, há possibilidade de surgimento de sintomas como sudorese excessiva, urina escura, náuseas, vômito, diarreia, letargia e até convulsão. Quem fica em exposição direta ao sol ainda pode sofrer queimaduras na pele.
Segundo o clínico geral e nefrologista Luís Gustavo de Freitas Trindade, o risco de óbito é maior principalmente se a elevação da temperatura corporal atingir crianças, idosos e pessoas com doenças neurovasculares. “Em um quadro de hipertermia a perda de líquido aumenta, o que provoca elevação da frequência cardíaca. Em casos extremos pode ocorrer um infarto, o agravamento de doenças isquêmicas e até a morte. Por isso, é fundamental buscar ajuda médica assim que surgirem sintomas de desidratação”, alerta o especialista.
Trindade orienta a população a reforçar o consumo de água, principal forma de prevenção contra a hipertermia. Em tempo de pandemia, o médico também recomenda que as pessoas deem preferência a ambientes ventilados e sem aglomeração.
A dica para quem trabalha exposto ao sol é ingerir água o suficiente para manter a urina sempre clara. A dermatologista Lívia Lourenço lembra ainda que é essencial fazer uso correto do protetor solar para evitar queimaduras. "O produto dever ter, no mínimo, fator de proteção 30 e precisa ser reaplicado a cada duas horas", explica. A médica também indica o uso de roupas leves, a fim de evitar a transpiração excessiva.
Da Redação
Com informações O Tempo
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