A Prefeitura de Belo Horizonte decretou situação de emergência em saúde pública diante do expressivo aumento nos casos de doenças respiratórias registrados na capital mineira. A medida foi oficializada no Diário Oficial do Município desta quarta-feira (30) e assinada pelo prefeito Álvaro Damião (União Brasil), após pressão crescente sobre as unidades de saúde ambulatoriais e hospitalares, com impacto direto nas internações clínicas e em UTIs, tanto pediátricas quanto adultas.
O decreto reconhece uma condição anormal, classificada como emergência, causada pelo avanço de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e pelo esgotamento de recursos em diversos setores da rede pública. A decisão autoriza a Secretaria Municipal de Saúde a estabelecer diretrizes específicas de enfrentamento, podendo ainda editar normas complementares conforme a evolução do cenário.
Entre os fatores considerados no documento estão a sazonalidade típica do período, com queda nas temperaturas, baixos índices pluviométricos, umidade relativa do ar reduzida e a circulação simultânea de diferentes vírus respiratórios. Também pesou na decisão a sobrecarga verificada nos leitos pediátricos.
A subsecretária de Promoção e Vigilância à Saúde, Thaysa Drummond, explicou que a publicação do decreto amplia a capacidade de resposta do município, permitindo contratações emergenciais, aquisição mais ágil de insumos e reorganização da rede assistencial. “Com a publicação do decreto, a gente tem uma facilidade agora maior para contratação, compra de insumos e reorganização da rede com ampliação do acesso do atendimento para a população de acordo com as necessidades que a gente for mapeando a partir desse momento”, detalhou.
Com vigência imediata, o decreto terá validade inicial de 180 dias, podendo ser prorrogado, caso persista o cenário de emergência.
Dados da Secretaria Municipal de Saúde revelam um salto de 59% nas internações por doenças respiratórias em apenas um mês. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, foram registradas 1.943 hospitalizações na cidade, número significativamente superior às 1.221 internações contabilizadas nas quatro semanas anteriores.
As crianças continuam sendo as principais vítimas. Somente na última semana, 196 bebês de até um ano foram internados, seguidos por 82 crianças de 1 a 4 anos, 18 da faixa etária entre 5 e 9 anos e quatro entre 10 e 14 anos. Entre adolescentes de 15 a 19 anos, houve sete internações. A faixa de 20 a 39 anos registrou 24 hospitalizações, enquanto pessoas de 40 a 59 anos somaram 67. Já entre os idosos com mais de 60 anos, foram 153 casos.
Para lidar com a crescente demanda, a prefeitura colocou em prática planos de contingência e já ativou 30 novos leitos de enfermaria pediátrica: 20 no Hospital Metropolitano Odilon Behrens e 10 no Hospital da Baleia. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, outros leitos poderão ser abertos conforme o avanço da procura por atendimento.
Da Redação
Com informações BHAZ
Sete Lagoas Notícias
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