O ex-presidente e o ex-vice-presidente da Mancha Alviverde, torcida organizada do Palmeiras, se apresentaram à polícia na quarta-feira (11), cumprindo mandados de prisão temporária emitidos pela Justiça. Ambos eram procurados por envolvimento em uma emboscada contra torcedores do Cruzeiro, ocorrida em setembro, que resultou na morte do setelagoano José Victor, integrante da Máfia Azul, e deixou 17 pessoas feridas.
Os advogados de defesa confirmaram a rendição de Jorge Luiz Sampaio Santos e Felipe Mattos dos Santos, conhecido como “Fezinho”, na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo. Com isso, o número de presos no caso subiu para 15, enquanto outros três suspeitos permanecem foragidos.
Segundo as investigações, Jorge Luiz, presidente da Mancha à época, renunciou ao cargo no último domingo (8) e é apontado como o principal responsável por planejar e executar o ataque. Ele optou por permanecer em silêncio durante o depoimento. Por meio de seus advogados, declarou acreditar no Poder Judiciário e negou as acusações.
Já “Fezinho”, vice-presidente da torcida, teria desempenhado um papel crucial na execução do plano, conforme apurado pela polícia. Sua defesa afirmou que ele pretende colaborar com as investigações e confia que sua inocência será comprovada.
Detalhes da emboscada
O ataque aconteceu em 27 de setembro, por volta das 5h20, no sentido Belo Horizonte. Cerca de 150 integrantes da Mancha Alviverde interceptaram o ônibus de torcedores do Cruzeiro, que retornavam de Curitiba após uma partida contra o Atlético Paranaense. Os palmeirenses, por sua vez, voltavam de São Paulo após um jogo no Allianz Parque.
A emboscada foi motivada por uma rixa entre as torcidas organizadas, que se intensificou após uma briga ocorrida em Minas Gerais em 2022. O grupo usou pedaços de madeira, pedras, barras de ferro e rojões para atacar os cruzeirenses.
Vídeos gravados pelos próprios agressores foram analisados pela Polícia Civil e ajudaram na identificação de pelo menos 18 membros da Mancha envolvidos no crime.
Responsabilização criminal
Os envolvidos responderão por lesão corporal, danos, tumulto e associação criminosa, de acordo com a Lei Geral do Esporte. As prisões temporárias têm validade de até 30 dias, podendo ser prorrogadas ou convertidas em preventivas conforme o andamento do caso.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
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