Minas Gerais vai receber sedativos enviados pelo Ministério da Saúde neste sábado (10). A informação foi divulgada pelo próprio governador do estado, Romeu Zema, em anúncio nas redes sociais. “Nesta tarde, vamos receber uma remessa de medicamentos para intubação do Ministério da Saúde. Estamos trabalhando intensamente para salvar vidas”, publicou Zema nas redes sociais, no início da tarde deste sábado.
Segundo o governo de Minas, trata-se de "uma remessa de bloqueadores neuromusculares, direcionados a hospitais da rede pública que estão com menos de três dias de cobertura. São mais de 15 mil ampolas de medicamentos essenciais ao kit intubação para manter a sedação dos pacientes internados na rede pública".
Brometo de Rocurônio e Basilato de Cisatracúrio são alguns dos itens enviados pelo governo federal. A remessa vai abastecer as macrorregiões Sul, Centro, Triângulo do Sul, Jequitinhonha, Leste do Sul, Sudeste e Oeste.
A chegada da remessa de medicamentos para intubação acontece dias após Zema admitir a falta de sedativos nos hospitais e centros de saúde de Minas e criticar o governo. Em Minas, 12 das 14 macrorregiões de Saúde estão na fase mais rígida do plano estadual que visa controlar a pandemia de COVID-19.
"Nos preocupa muito hoje a falta de sedativos. Esta sim é uma grande preocupação. As unidades hospitalares do estado que sempre trabalharam com estoque de 60 dias ou mais, hoje, muitas delas tem estoque para um dia, dois dias ou três dias. Estamos correndo o risco de pacientes intubados acordarem porque faltou sedativo, e sabemos que isso não pode ocorrer de forma alguma", disse, na última quinta-feira (8).
Na justificativa para a falta dos medicamentos, Zema disse que a responsabilidade é do governo federal. Segundo o governador, o Ministério da Saúde não distribui os sedativos na velocidade adequada.
“Essa deficiência aconteceu devido uma mudança que ocorreu no Ministério da Saúde, que fez uma requisição administrativa desses insumos junto à indústria. Até poucas semanas atrás, cada unidade hospitalar fazia seu pedido diretamente na indústria. Com essa requisição administrativa, o ministério passou a ter acesso a toda essa produção, e ele não tem conseguido distribuir na velocidade adequada”, afirmou.
Por fim, Romeu Zema disse que o governo de Minas tenta conseguir os sedativos por outros meios e que “notícias desagradáveis” poderiam ser dadas caso a situação siga dessa maneira. “Temos tentado importar, temos tentado outros meios, mas é um insumo que está em falta. Precisamos deixar claro, hoje a situação é crítica, e amanhã podemos ter notícias desagradáveis com relação a isso caso o fornecimento não seja normalizado”.
Por Estado de Minas
Sete Lagoas Notícias