A Polícia Civil prendeu um agente penitenciário, a mulher dele e a mulher de um dos detentos, suspeitos de participarem de uma organização criminosa para levar celulares, drogas e carregadores para a penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
O líder da organização criminosa era um dos detentos da penitenciaria, que estava preso por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. O criminoso contava com a ajuda de outro preso para distribuir os objetos. Os cinco são investigados pela formação de quadrilha e entrada ilegal de produtos no presidio.
"Montaram essa organização devido a facilidade que o agente penitenciário tinha de adentrar com os celulares e drogas na penitenciária. O detento tinha a posição conhecida como ‘faxina’, isto é, se valendo do bom comportamento, tinha mais acesso ao pavilhão do presídio e outras celas, por meio das quais realizava as transações para venda dos celulares”, esclareceu o delegado Thiago Machado, da 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).
Segundo a Polícia Civil, o servidor público envolvido no esquema criminoso recebia cerca de R$ 2.000 para cada celular que conseguia ingressar durante o plantão dele. Era uma média de seis aparelhos vendidos por dia. Já a mulher do detento, líder da quadrilha, era responsável por comprar os aparelhos celulares, carregadores, fones de ouvido e drogas e repassar para a mulher do agente penitenciário, que ingressava com os produtos na unidade.
“Lá dentro, o preso que coordenava as ações repassava também parte do material para outro detento, que era responsável em expandir as vendas na unidade prisional”, explicou o delegado.
De acordo com informações, o crime era investigado há 6 meses, mas as investigações apontam que a organização criminosa atuava há 5 anos. O agente penitenciário preso estava na função há 10 anos.
O policial penal e a mulher dele foram presos na residência onde moravam, onde também foi apreendida uma mochila, na qual continha cinco celulares e vários fones, carregadores e chips de operadoras já separados em kits para serem contrabandeados para o presídio. Dentro de um cofre na casa foram encontrados R$ 26 mil de prática criminosa.
Os cinco suspeitos vão responder inquérito pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, associação para o tráfico e corrupção ativa e passiva.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias