O alerta de nutricionistas sobre o consumo excessivo de açúcar tem se intensificado, especialmente no caso das crianças. A principal recomendação continua sendo a redução progressiva desse ingrediente na alimentação, medida essencial para evitar problemas como obesidade, diabetes e inflamações. No entanto, eliminar completamente o açúcar da dieta segue sendo uma tarefa difícil para grande parte da população.
Segundo especialistas, o maior problema não está no açúcar que se adiciona ao café ou ao suco de forma consciente, mas nos chamados “açúcares invisíveis”. Presentes em diversos produtos industrializados, esses compostos muitas vezes passam despercebidos, elevando o consumo diário sem que o consumidor perceba. Identificar essas fontes ocultas é o primeiro passo para quem busca uma alimentação mais equilibrada e saudável.
Em um vídeo publicado em sua rede social, a nutricionista Ángela Quintas chama a atenção para o fato de que muitas pessoas acreditam ter eliminado o açúcar apenas por não adoçarem bebidas. Segundo ela, esse é um erro comum. “Tenho certeza de que muitos de vocês me dirão que praticamente não consomem mais açúcar porque, por exemplo, não adicionam açúcar ao café”, afirma. No entanto, ela cita exemplos como pães, iogurtes e embutidos — como presunto e peito de peru embalados — como fontes frequentes de açúcar adicionado, mesmo em produtos salgados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo diário de açúcares adicionados fique abaixo de 10% do total de calorias ingeridas, sendo ideal manter esse índice abaixo de 5%. Em uma dieta de 2.000 calorias, isso representa cerca de 25 gramas diárias, o equivalente a seis colheres de chá. “O açúcar não é necessário do ponto de vista nutricional”, reforça Francesco Branca, diretor da OMS. Apesar disso, a maioria das pessoas ultrapassa essa quantidade sem sequer chegar à sobremesa, devido aos açúcares ocultos em produtos aparentemente inofensivos.
O consumo excessivo pode se manifestar de diversas formas, como cansaço frequente, alterações no humor, ganho de peso sem explicação e aumento de cáries. A pele também pode sofrer impactos, com maior propensão à acne e inflamações. O nutricionista Ramón de Cangas destaca ainda o caráter viciante do açúcar: quanto mais se consome, mais o organismo tende a pedir. Esse ciclo é difícil de romper sem uma mudança consciente nos hábitos alimentares.
Entre as medidas práticas para reduzir o consumo está o hábito de ler atentamente os rótulos dos produtos. O açúcar pode aparecer com mais de 50 nomes diferentes, incluindo xarope de milho, maltodextrina e sacarose. A substituição gradual de itens é outra estratégia eficaz: trocar iogurtes com sabor por versões naturais com frutas frescas, pães brancos por integrais e molhos prontos por receitas caseiras são mudanças que ajudam a reduzir a ingestão sem comprometer o sabor. Com o tempo, o paladar se ajusta às novas escolhas.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
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