O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da tragédia de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi entregue na manhã desta quinta-feira (12) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O documento pede o indiciamento de 13 funcionários da Vale e da Tüv Süd, empresa que atestou a segurança da barragem que se rompeu.
Os trabalhos duraram seis meses, com foco em responsabilizar autores pelo rompimento da Barragem da Mina do Córrego do Feijão, crime ambiental que deixou 270 mortos, dos quais 21 ainda não tiveram os corpos resgatados da lama de rejeitos que causou também a contaminação da bacia do Rio Paraopeba, o que gerou desabastecimento de água na região (saiba mais).
A tragédia, ocorrida em 25 de janeiro, motivou 17 reuniões ordinárias e 14 extraordinárias na ALMG, além de duas visitas técnicas. Ao todo, foram colhidos durante os trabalhos 149 depoimentos e aprovados 220 requerimentos com pedidos de providências e esclarecimentos, segundo o Legislativo Estadual.
O relatoria da CPI ainda faz recomendações, além dos indiciamentos, como a reparação integral de Brumadinho. A conclusão é de que a Vale sabia dos riscos do rompimento da barragem, e por isso foi pedido o indiciamento dos responsáveis. A síntese do relatório pode ser acessada na página da ALMG.
A Vale ainda não se manifesou sobre o pedido de indiciamento de seus funcionários e da empresa terceirizada.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias