A Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a alertar sobre o afrouxamento das medidas de distanciamento social determinadas para conter a proliferação do novo coronavírus. Em resposta ao questionamento sobre recentes reaberturas de negócios e atividades no Brasil, a organização se posicionou contra, afirmando que ainda não há comprovação da redução no número de novos casos da doença.
Ao ser questionada se a decisão de reabrir negócios no Brasil ocorre no momento certo, uma vez que o país tem registrado aumentos seguidos nos números de novas vítimas fatais da doença, a porta-voz da OMS, Margaret Harris, explicou que existem seis grandes critérios para estabelecer a flexibilização, e um deles é ter a transmissão em queda.
Margaret acrescentou que, além da redução do ritmo de contágio, também deveriam ser levados em conta critérios como capacidade de testagem e de identificação de contatos de pessoas contaminadas, assim como a preparação dos sistemas de saúde para tratamento de doentes.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou na quinta-feira (4) mais 1.473 mortes por coronavírus em 24h, elevando o total para mais de 34 mil e levando o país a ultrapassar a Itália, se tornar o terceiro do mundo com maior número óbitos em decorrência do vírus.
O país também ocupa o segundo lugar no número de pessoas infectadas, atrás dos Estados Unidos (EUA), com mais de 1,9 milhões de casos, porém até o momento segue com a maior taxa de aceleração da doença no mundo, uma vez que quase diariamente registra mais casos e mortes do que os EUA.
Entretanto, diversos governos municipais e estaduais têm anunciado planos para flexibilizar as medidas de distanciamento social diante da pressão econômica provocada pela paralisação das atividades, o que levou especialistas alertarem para o risco de um agravamento da situação.
Margaret Harris também reiterou que a situação da Covid-19 na América Latina é “profundamente preocupante”.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias