Diante da pior seca já registrada no Brasil, o Ministério de Minas e Energia está considerando a reintrodução do horário de verão como uma possível medida para evitar o racionamento de energia. A situação crítica, causada pela escassez de chuvas, levou o governo a explorar alternativas que incluem, além do horário de verão, a ampliação do uso de usinas termelétricas. Apesar das discussões, ainda não há uma definição sobre quando ou se a medida será adotada.
O horário de verão, extinto em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro, voltou a ser cogitado após a seca extrema de 2024, a mais grave da história. Em situações anteriores, como em 2023, a ideia foi descartada, já que o nível dos reservatórios hídricos ainda era considerado adequado. No entanto, a situação mudou drasticamente este ano, com reservatórios em níveis críticos, especialmente na Amazônia, onde rios como o Madeira e o Negro atingiram recordes de baixa.
Durante visita à região Norte, o presidente Lula anunciou novas medidas para combater os efeitos da crise climática, incluindo a criação de uma autoridade climática e um marco legal para emergências ambientais. Além disso, o governo ampliou o uso de termelétricas em estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo e Sergipe, como parte dos esforços para garantir o fornecimento de energia.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, abordou o tema em um evento internacional, destacando que a decisão sobre o horário de verão dependerá de fatores como o índice pluviométrico e o impacto nas tarifas de energia. Ele ressaltou que, embora a sociedade esteja dividida sobre o assunto, pesquisas indicam que a maioria dos brasileiros aprova o retorno da medida, que também beneficia setores como o turismo, bares e restaurantes.
A crise energética atual, segundo Silveira, é agravada pelo aumento no consumo de energia nos horários de pico, quando o uso de ar-condicionado e outros aparelhos domésticos atinge seu ápice. O ministro explicou que, ao adotar o horário de verão, seria possível aliviar a pressão sobre o sistema, já que a produção de energia solar e eólica é menor no início da noite, exigindo maior uso das usinas termelétricas.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
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