A Polícia Civil indiciou uma mulher de 29 anos por homicídio culposo, posse ilegal de arma de fogo e omissão de cautela na guarda da arma, após um sobrinho de apenas 10 anos, encontrar uma arma de fogo escondida no sofá da casa dela e disparar contra o primo de 9 anos, enquanto brincavam.
A fatalidade aconteceu no dia 19 de novembro, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde as crianças estavam passando alguns dias na casa da tia. Na noite anterior ao ocorrido, os meninos acharam as armas, um revólver calibre 38 e uma pistola 40, carregados e com a numeração raspada. As armas estavam escondidas dentro do sofá. Enquanto a mulher dormia, os primos brincaram com as armas e as guardaram novamente no sofá. (Relembre o caso)
Na manhã seguinte, a tia saiu de casa para uma consulta médica e deixou as crianças sob os cuidados de uma adolescente de 16 anos. Enquanto a adolescente tomava banho, os garotos tiraram novamente as armas do sofá e começaram a brincar, até que o mais velho disparou contra o mais novo.
“A vítima estava brincando com a pistola, e a criança que efetuou o disparo, brincando com o revólver. De repente, ela aciona o gatilho e acerta as costas da vítima, que vem a óbito. A criança guarda o revólver de novo no sofá e chama a adolescente”, explica o delegado da Delegacia de Homicídios de Betim, Otávio de Carvalho. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas o menino não resistiu.
De acordo com a Polícia Civil, depois de saber do ocorrido, a tia das crianças fugiu, e a corporação só conseguiu intimá-la cerca de 30 dias depois do crime. A mulher disse aos policiais que as armas pertenciam ao ex-companheiro dela, que era envolvido com o crime e foi assassinado em abril deste ano, e que não sabia que elas estavam na casa. Mas as investigações indicam que ela tinha, sim, conhecimento sobre a localização das armas.
A criança que efetuou o disparo não responde pelo fato, por ter menos de 12 anos. A tia dos meninos foi indiciada pelos crimes de homicídio culposo, posse ilegal de arma de fogo e omissão de cautela na guarda de arma de fogo, mas não foi presa. Ela tem residência fixa e trabalha como diarista e se mostrou muito abalada com o ocorrido.
Da Redação
Por O Tempo
Sete Lagoas Notícias