O Tribunal de Justiça de Minas Gerais autorizou, nesta segunda-feira (9), uma mulher de 38 anos, a interromper a gestação de 6 meses após o feto ser diagnosticado com megabexiga, uma anomalia que causa problemas renais e má-formação do pulmão, tornando inviável a respiração do bebê fora do útero.
A autorização foi concedida pelo juiz da 36ª Vara Cível de BH, Marcelo Paulo Salgado, após ele avaliar relatórios médicos anexados ao processo, que comprovaram a possibilidade do desencadeamento de outras malformações como diminuição de líquido amniótico e desenvolvimento incompleto dos pulmões.
A condição foi constatada em janeiro deste ano, quando o feto tinha 12 semanas, cerca de 3 meses. Em abril, com 22 semanas de gravidez, quase 6 meses de vida, a mãe realizou novo ultrassom sendo constatada a piora do quadro do feto em diversos aspectos. Inclusive, a caixa torácica e os pulmões tinham tamanho reduzido.
Dez dias após um novo diagnóstico desfavorável, a mulher e o marido decidiram interromper a gravidez e deram entrada com o pedido de tutela de urgência na Justiça.
O Ministério Público foi contrário à solicitação, argumentando sob o argumento de que, apesar da alta probabilidade de que “o feto venha a morrer intraútero ou até mesmo nos primeiros dias de vida, existe uma possibilidade, mesmo que pequena, de que ele possa ser assistido e manejado com terapia renal substitutiva”.
O magistrado, no entanto, avaliou relatórios médicos e concedeu a autorização diante do sofrimento psicológico da mãe e da mínima expectativa de vida do bebê.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias
FIQUE BEM INFORMADO, SIGA O SETE LAGOAS NOTÍCIAS NAS REDES SOCIAIS:
Twitter:
https://twitter.com/7lagoasnoticias
Instagram:
https://www.instagram.com/setelagoasnoticias
Facebook:
https://www.facebook.com/setelagoasnoticias