A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) disse que a conta de luz dos brasileiros deve ter um aumento, em média de 13% este ano, caso não seja tomada novas medidas de alivio. Por isso, a companhia propõe devolver R$ 50 bilhões em créditos tributários ao consumidor, em até cinco anos. Em 2020, consumidores de Minas Gerais já foram beneficiados pela medida, com a abatimento de R$ 700 milhões. A proposta ainda será discutida em consulta pública.
O aumento nas tarifas se deve a alta do dólar no preço da energia gerada pela hidrelétrica de Itaipu, da escalada da inflação medida pelo IGPM e da seca sobre os reservatórios das hidrelétricas, que obriga o governo a acionar térmicas mais caras. Além disso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), determinou que a usina de Belo Monte terá que gerar menos energia.
Outro fator que tem contribuído para o aumento das tarifas na conta de energia é o início da cobrança de parcelas da chamada conta-Covid, empréstimo concedido às distribuidoras em 2020 com o objetivo de reduzir a pressão sobre as tarifas no pior período da pandemia.
Anteriormente o Senado aprovou a Medida Provisória 998, que traz medidas de alívio na conta de luz, como a transferência de um volume de recursos que seriam destinados a pesquisa para abater encargos setoriais cobrados na conta de energia.
Em janeiro, com a mudança da bandeira tarifária de vermelha, mais cara, para amarela, as tarifas de energia ajudaram a puxar a inflação para baixo. A tendência, porém, é que voltem a ter impacto no índice a partir dos reajustes anuais das distribuidoras, que ocorrem em momentos diferentes em cada estado.
Da Redação
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