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Eleições 2020 – Entrevista com Claudinei Dias, candidato a prefeito de Sete Lagoas

09/11/20 - 19:00
Foto: Divulgação - O terceiro entrevistado é o candidato Claudinei Dias (PT), da coligação “O cuidado com a vida é o nosso compromisso com Sete Lagoas”, composta pelos partidos PT e PSOL

 

 

Buscando trazer mais informações para esclarecer e facilitar a escolha do voto dos nossos leitores, estamos publicando os destaques das entrevistas realizadas com os candidatos a prefeito de Sete Lagoas, realizadas no Programa Bate Papo, com Juninho Sinonô, e transmitidas em tempo real pela Musirama FM e pelo portal do Sete Lagoas Notícias. O terceiro entrevistado é o candidato Claudinei Dias (PT), da coligação “O cuidado com a vida é o nosso compromisso com Sete Lagoas”, composta pelos partidos PT e PSOL.

 

Natural de Capim Branco, Claudinei é ex-padre de Sete Lagoas, e hoje é psicólogo e professor do Estado. O candidato também já foi vereador por dois mandatos pelo município.

 

JS: Por que você é candidato a prefeito de Sete Lagoas?

Claudinei: “Pra mim é uma missão. Depois de tudo o que venho enfrentando devido à minha enfermidade, do câncer, nos últimos anos, com a minha recuperação, é um desejo de lutar pela vida, fazer a vida acontecer. Inclusive, esse é o slogan da nossa campanha, “Compromisso com a Vida”. Estou nessa campanha como uma missão, de tentar fazer uma política diferenciada em Sete Lagoas, mais humana, mais voltada para a construção e valorização da vida. Sou candidato com esse objetivo, de trazer para a gestão pública a beleza e a gostosura da vida. Estou aqui de alma e de coração, fazendo essa entrega do meu ser a essa candidatura que para mim é uma missão de vida.”

 

JS: Quem é o seu candidato a vice-prefeito e por que a escolha dessa pessoa?

Claudinei: “É uma vice, uma pessoa maravilhosa, Carol Leão, militante do PSOL. Essa escolha foi uma construção. A gente vinha conversando com o pessoal, no sentido de fazer uma união entre PT e PSOL e deu certo. É uma aliança que me trouxe uma segurança imensa, porque Carol Leão é uma pessoa fantástica. É gostoso quando se está numa campanha junto com uma vice. Aliás, a proposta nossa não é ter vice, é ter uma co-prefeita, porque preciso da ajuda dela. Acho que esse negócio de colocar o vice como aquele que só vai nos substituir nos momentos difíceis ou em momentos em que temos que sair, etc, não ajuda. O vice tem que caminhar junto. Essa é a nossa proposta com Carol Leão. Ela vai me ajudar a administrar. Duas pessoas unidas, administrando a cidade, é muito bom! Imagino que, com isso, a gente ganha em agilidade, em inteligência, em fazer o melhor para a administração. Ela é mãe de família, militante na causa das mulheres; tem quatro filhas. Estou muito feliz em fazer essa caminhada com ela.”

 

JS: Por que o eleitor deve eleger você prefeito de Sete Lagoas?

Claudinei: “Sou militante do PT já há bastante tempo. Mesmo antes da filiação oficial, em 2003, já tinha essa ligação com o Partido dos Trabalhadores devido essa ligação com os professores. Quem não lembra do professor Tchó, militante dos movimentos de esquerda, a professora Maristela, Maria Camilote, professora Dalva Pires, que estava sempre junto comigo, na Paróquia de Santana e com ela aprendi essa militância – eu também sou professor – e de lá pra cá a gente vem militando no partido e, especificamente, nesse último ano, aumentou minha ligação com o PT e fui apresentado como candidato, foi apreciado dentro do partido e ganhei a indicação dentro do diretório. Cá estou candidato a prefeito, com essa militância. A gente vem com essa força da esquerda. A nossa pauta é inovadora. Sete Lagoas nunca foi governada por um partido de esquerda e agora terá a oportunidade com Claudinei Dias e Carol Leão, votando 13.”

 

JS: Caso seja eleito, o que pretende para fazer captação de recursos privados e públicos junto ao Estado e União, via emendas parlamentares, já que não temos deputados locais na esfera federal?

Claudinei: “A economia é uma temática desafiadora. Estamos num cenário de pandemia. Não podemos nem dizer que vamos governar no pós-pandemia, porque a coisa está tão complexa que não sabemos se vamos iniciar um mandato no pós-pandemia, então, o desafio para a economia nesse cenário é extremamente grandioso. O que temos pensado para enfrentar esse desafio enquanto gestão, na verdade estamos organizando o plano de governo ainda, estamos em constantes conversas, mas, a ideia é criar uma agência específica de desenvolvimento, que vai organizar a gestão. Não dá para pensar num momento de crise, depandemia, a necessidade de ter recursos, de aplicar esses recursos com nossas famílias vivendo em situação difícil, até de miséria – estou rodando a cidade e estou vendo isso. Está todo mundo com a corda no pescoço – essa é a grande realidade. As pessoas estão passando muita dificuldade. Tenho feito muitos trabalhos na área de festas – a gente faz alguns casamentos, algumas celebrações – e vê que a situação é geral. A gente não pode dizer que um setor foi mais privilegiado nessa crise; afetou todo mundo. Então, como vamos pensar a Prefeitura, a gestão? Por isso a ideia de criação de uma agência específica, para tratar desse assunto, para fazer as parcerias necessárias com a iniciativa privada. A iniciativa privada tem que ajudar, como já está ajudando – a gente sabe de muitas empresas que estão ajudando. Então, temos que fazer essa parceria entre iniciativas privada e pública e correr atrás de recursos junto aos parlamentares. No caso do PT, já estamos tendo essas conversas. Fiz uma caminhada muito boa com Rogério Corrêa; estou ligado com Patrus Ananis, Pe. João, Reginaldo Lopes, que esteve comigo aqui também, com Beatriz Cerqueira, André Quintão. Estamos trabalhando unidos. Tenho falado com todos eles que não basta eu ganhar a eleição em Sete Lagoas; preciso da ajuda de todos e todos se colocaram à disposição de nos ajudar. É o que tem nos dado gás nessa campanha.”

 

JS: Qual importância das entidades de classe como ACI, Sindcomércio, CDL e qual seria o espaço delas em sua gestão, caso você seja eleito?

Claudinei: “Nesse pensamento de uma agência de desenvolvimento que estamos querendo criar para gerir esse momento de crise terá que manter diálogo constante com toda a rede produtiva da cidade. Não podemos desprezar ninguém. A cidade se faz com essa vida; o comércio é vida, é a cidade e precisamos ser parceiros, nunca adversários e repensar algumas coisas que são apresentadas em Sete Lagoas como, por exemplo, a questão salarial. Temos que repensar isso – o salário de Sete Lagoas é muito baixo. Muitas empresas que vêm para Sete Lagoas vêm justamente pensando que aqui a mão-de-obra é barata. Isso é muito triste. O povo de fora ganha muito e o nosso povo fica com salariozinho, mínimo ou pouco a mais, muito fora do que podemos apresentar. Então, vamos buscar essas parcerias. Acho que todas as representações comerciais, industriais, sindicatos são parceiros e temos que buscar essa parceria como gestor, unir forças e nunca dividir. Claro que o meu governo de esquerda estará com o olhar voltado para o trabalhador e trabalhadora. Com certeza vou puxar a olhar dos que estão pagando pouco e ver uma maneira inteligente, buscar mecanismos e meios de dar mais oportunidade aos trabalhadores, dar mais incentivo a eles. Esse é o posicionamento. Tenho bom relacionamento com todos e sendo prefeito vou chamar a todos, para fazer uma boa discussão, pensando a cidade num todo. Todo mundo tem que estar bem, o empresário, o microempresário, o trabalhador, aquele que está lá plantando sua hortinha, todos têm que ter qualidade de vida e dignidade para viver em paz com a sua família.”

 

JS: Qual sua posição sobre criação e manutenção de núcleos poliesportivos nos bairros?

Claudinei: “Já pensamos a Educação a partir de um programa que se chama Comunidades Educadoras – tudo o que leio sobre esse tema me deixa mais encantado porque está sendo feito o lançamento nas igrejas católicas do Brasil do Pacto Educativo Global, que vem do Papa Francisco. Toda a Igreja está empenhada nesse Pacto Educativo e nele todas as comunidades educadoras entram como sendo o vértice, a estrutura para o bom desenvolvimento da Educação no município. É um programa que já recebeu diversas premiações internacionais, a Unesco reconhece esse como sendo um programa de linha, que realmente resolve e que na verdade é uma rede. Vamos transformar a Educação em uma grande rede e essa rede vai olhar o aluno no seu espaço, fazendo a união do aluno, as necessidades do aluno, necessidades pedagógicas para além do pedagógico, porque a deficiência do aprendizado pode estar na falta do alimento, na falta de estrutura familiar, na deficiência de material escolar. Esse programa visa organizar para cada aluno uma rede onde teremos o mapeamento, o diagnóstico de cada família, de cada aluno e atender às necessidades individuais de cada família, de cada aluno, de cada comunidade escolar, de cada realidade do professor e da comunidade escolar num todo. O espaço poliesportivo é show. Quando falo das comunidades educadoras, estou falando de um grande programa educacional e a comunidade não vive sem esporte. Então, essa questão da dinâmica esportiva, tudo isso está inserido nesse contesto que temos que trabalhar, mas, olhando a vocação da comunidade.”

 

JS: Nesse seu programa para a Educação existe projeto de recuperação dos espaços físicos de escolas, creches e biblioteca?

Claudinei: “Claro. Vamos fazer o mapeamento local e conhecer a demanda da comunidade porque, talvez, o problema daquela comunidade não seja a falta de um caderno, de um lápis, do profissional e sim de estrutura física, não tem onde brincar, um banheiro adequado, um quadro, uma sala adequada. Esse modelo de governo que estamos pleiteando vai diagnosticar o que falta nas escolas, o problema é que a sala de aula está mofada, está caindo aos pedaços, não tem uma biblioteca. Então, a partir do diagnóstico vamos investir nisso. Estamos encantados com esse modelo. Temos especialistas nos orientando e como sou da área da Educação, falo com conhecimento de causa. Por exemplo, há dois anos que a biblioteca da escola Ruth Brandão, onde dei aula, foi interditada, porque fizeram a biblioteca que não durou nem três anos e já está caindo aos pedaços. E a direção está lutando, fazendo reivindicações no sentido de revitalizar a biblioteca. Então, o que falta? Gestão, visão de governo. Esse programa Comunidades Educadoras é isso, trabalhar em cima do que falta para melhorar o que precisa para garantir uma boa Educação e atender às necessidades locais, não é simplesmente fazer porque tem que fazer.”

 

JS: Quais as propostas do seu plano de governo para as mulheres de Sete Lagoas?

Claudinei: “Quando você tira um tempo para ouvir os anseios das mulheres, você ouve coisas que no mundo machista, masculinizado nos impede de ver. Passei a perceber coisas que para cada ponto que nós, homens, enxergamos existe uma outra realidade. Então, vejo que a gente precisa numa gestão com olhar feminino. A gente não faz gestão pensando em mulher e sim pensando em homem. Então, o que fiz, junto com o grupo que organizou o meu programa de governo e grande parte é de mulheres dos movimentos de defesa das mulheres, feministas. Falei que queria um programa de governo com alma feminina e construímos. Se você pegar meu programa de governo verá isso. De cara a gente precisa criar um espaço de defesa das mulheres, criar a Secretaria das Mulheres, pensar na saúde da mulher, uma clínica especializada para o tratamento da saúde da mulher.”

 

JS: Como pretende tratar a questão dos lotes vagos, descuidados, da cidade, se for eleito?

Claudinei: “Ué, terra tem que produzir, então, a gente tem que plantar.  O pessoal da Emater deu uma ajuda muito grande na formatação desse plano de governo, essa é a visão. Hoje faço parte de um movimento social da igreja católica que é a Pastoral Ambiental. O nosso grupo chama Acreditar e Encantar. A terra está aí para nos fornecer o alimento e se a pessoa tem um lote e não planta um pezinho de couve, nada, não planta uma árvore frutífera, essa terra está deixando de fazer a sua vocação original que é produzir o fruto. Nós temos que trabalhar essa terra, porque ela depende de nossas mãos para produzir. O pessoal da Emater, da Embrapa, desse grupo do qual faço parte têm me orientado para fazer com que a nossa terra seja utilizada para produzir frutos, nosso alimento. Eu estava fazendo uma caminhada e uma pessoa me disse: porque não se planta árvore frutífera? Lembro que eu brincava debaixo de pé de manga e comia a fruta. É uma ideia brilhante, às vezes a gente pensa em plantar árvores, mas, esquece que têm espécies que podem nos alimentar.”

 

JS: O que pretende fazer com os imóveis ociosos e áreas institucionais de propriedade do município?

Claudinei: “Utilizar, não é? Patrimônio não pode ficar à mercê de morcego, de cupim, de maus tratos. Patrimônio público é para ser usado pelo público. A gente tem que fazer um levantamento de tudo, de forma detalhada e encaminhar da melhor forma possível, porque a gente sabe que tem demanda; quantas coisas podem ser utilizadas para atividades, trabalhos, associações, iniciativas culturais, empresariais, enfim, gente precisando de espaço para traba-lhar é o que não falta. A gente precisa, enquanto máquina pública, reorganizar o máximo a utilização do espaço público. Sou dessa linha, acho que o que é público é do povo, das pessoas. Então, a gente tem que disponibilizar o máximo que puder, desde a praça pública, a rua, os prédios; tudo é do povo. A cidade é de todos; a cidade não se resume ao seu cantinho, ao seu lote, à sua casa, a cidade é sua, você tem direito de rodar pela cidade, de andar, de visitar os seus parentes e amigos, de brincar nas praças, de usufruir da beleza natural das lagoas. Não terei nenhuma dificuldade com relação a isso. Pelo contrário, farei de tudo para que os espaços, prédios, possam ter vida; dar vida àquilo que é do povo. Tive oportunidade de rodar boa parte do mundo, na suíça, Espanha, França, Roma, Israel, Buenos Aires e é incrível como esses grandes centros valorizam os espaços públicos. Isso é importante, as pessoas terem um lugar para levar a família para o lazer, os filhos para brincarem. Como gestor da máquina pública farei com que os espaços públicos sejam de todos.”

 

JS: As alterações na Lei de Uso e Ocupação do Solo e no plano diretor municipal foram bastante questionadas e criticadas. Qual o seu posicionamento a respeito dessas diretrizes?

Claudinei: “Enquanto vereador, na minha época, esse é um tema espinhoso, difícil de ser trabalhado, porque a para mudanças na Lei de Uso e Ocupação do Solo a gente tem que dialogar com todo mundo. A gente tem que ter essa temática de perceber que a terra é nossa, é vida, mas, precisa de cuidados também; não podemos abusar dela. Temos que ter a devida inteligência para saber o que podemos ou não fazer. Aqui a gente tem um solo cárstico, têm muitos estudos sobre esse solo, então, não adianta achar que vai fazer um arranha-céu em Sete Lagoas, porque não tem como, não pode e assim outras iniciativas. Tem que ter muito zelo, muito profissionalismo para tratar essa Lei de Uso e Ocupação do Solo. A gente trabalhou muito isso, enquanto vereador, e sabe das dificuldades que existem e tem que pensar na linha do direito; as pessoas têm direito a esse solo, a essa terra, ao seu espaço. A gente vai, com uma boa equipe, com pessoas inteligentes, e se não der conta do recado, busca especialistas para nos orientar bem e fazer uma lei boa, que possa atender ao anseio e necessidades de todos, sem ferir ninguém, sem ferir o próprio solo. É um desafio que acho encantador. A gente tem especialistas preparados para isso e só de ter amor pela terra, como tenho – terra é uma coisa tão sagrada, você bota ali uma sementinha pequena e a terra te dá um fruto, um alimento e deve ser tratada com muito respeito e carinho – então, essa lei tem que ser feita com respeito e carinho, valorizando esse encantamento. A gestão pública tem que fazer com esse encantamento, não porque tem que ser feito; fazer com amor, administrar com carinho, com paixão, de forma a fazer com que a coisa produza para o bem de todos.”

 

JS: Na sua visão, quais sãos os principais problemas de Saúde de Sete Lagoas e se for eleito, como pretende resolvê-los?

Claudinei: “A gente está com uma temática muito forte de cuidado da saúde das mulheres. Estamos organizando um programa especial de atendimento, de acompanhamento às mulheres. Nessa nossa campanha temos escutado coisa do tipo: “Padre, você tem que ganhar e nos ajudar. Já tem dois, três anos que estou numa fila para uma consulta ginecológica, preciso fazer uns exames”. São várias coisas assim, sempre demorando um, dois, três anos, gente precisando de acompanhamento de uma questão da saúde. Então, teremos um programa especial para tratamento da mulher. Quanto à Saúde, num todo, temos que fazer o fortalecimento das bases, porque isso ajuda demais. Fortalecer o atendimento nos postos de saúde, os programas de acompanhamento de saúde das comunidades, criar programas orientativos de educação às pessoas. Muitas pessoas não cuidam do próprio corpo, da saúde, por falta de orientação mesmo. Precisamos de um programa muito inteligente, para orientar, educar as pessoas e no plano macro, precisamos equipar toda a rede de Saúde com bons médicos, uma boa equipe técnica, uma gestão inteligente, para acolher as pessoas que merecem todo o nosso respeito. A ideia é oferecer aos cidadãos sete-lagoanos mais Saúde, um programa mais extenso. Temos que pensar na Saúde desde o cuidado com a terra, com a água, com a criança, mãe, adolescente, com o jovem, com o deficiente. Saúde é um campo imenso a ser trabalhado em prol do bem-estar da população.”

 

JS: Caso seja eleito, o que pretende mudar na Saúde de Sete Lagoas, após o Covid-19 e ante a possibilidade de outras pandemias futuras?

Claudinei: “A gente precisa ter o cuidado mesmo. Esse é o grande tema, cuidar da Saúde, um apelo a todos, cuidar, sempre. Por exemplo, estamos num momento em que é preciso usar a máscara, manter distanciamento das pessoas. Eu não ando sem um álcool em gel, porque todos nós temos que nos cuidar e cuidar dos outros ao redor. Como pensar num governo para 2021, envolvido nessa questão do coronavírus? É preciso estar atento a uma gestão não só administrativa, financeira, visando a economia, como também ter uma gestão própria para cuidar da pandemia. É um momento de uma crise mundial, então, não posso tratar isso como uma coisa comum. De cara, se eu for eleito, tenho que criar um organismo imediato de gestão específica para a questão do coronavírus. A partir daí a gente terá todas as informações, o que precisa ser feito, em que é preciso investir mais ou os encaminhamentos devidos dentro do próprio contexto da doença que ainda trará muitos desafios para todos nós. A gente espera que chegue logo uma solução, sonhamos com isso. Se Deus quiser, chegará. Mas, enquanto não chega, temos que ser gestores da crise, do momento. Então, é isso, de imediato devemos criar uma equipe de gestão, competente, com especialistas, para gerir a crise.”

 

JS: Caso eleito, como pretende tratar a Segurança Pública do município na região central e periferia e tem meta de tratar a segurança de forma igualitária ou específica para cada região da cidade?

Claudinei: “Segurança pública vai muito além de polícia, é um contexto. Aliás, quanto menos a polícia precisar ser utilizada, melhor é. Ter a polícia só para orientar, educar, prevenir, é o desejo de todos. A gente precisa dar a cada cidadão a visão de que está seguro, o que é um desafio; a gente vive com medo. Não é à toa que temos, em nossas casas, um arsenal de segurança, câmera, cerca elétrica e por aí vai. Sai de casa com medo. Precisamos trabalhar forte, para dar esse sentimento de segurança a todos os cidadãos e aí tem uma série de coisas que precisam ser feitas, desde a iluminação pública, como uma gestão de polícia eficiente. Tem que haver um diálogo constante com todos os servidores dessa área e ver a realidade local. Ao falar de segurança é importante atender à demanda do local onde moro, o que está faltando no bairro x, por que a população dali está se sentindo insegura? Temos que fazer esse diagnóstico junto às autoridades competentes e atuar imediatamente. Temos um programa que chama Gestão em Rede e que visa, através de todo um amparo tecnológico, ter um diagnóstico quase que imediato das realidades locais. Ter um comando de gestão, visando isso tudo, porque o cidadão e a cidadã precisam se sentir seguros onde estão.”

 

JS: Como equacionar os problemas de Segurança Pública comuns em toda cidade?

Claudinei: “De imediato temos que agir. Em caso de algumas situações indevidas, em caso de crimes, é preciso atuar logo; não pode cruzar os braços e achar que aquilo passa com o tempo, com um milagre. Por isso acredito muito nessa Gestão em Rede, uma gestão inteligente, que dará à gestão pública – eu, como prefeito e Carol – informações imediatas de forma a possibilitar uma ação rápida. Essa é a visão para Sete Lagoas, criar essa Gestão em Rede, dando a cada comunidade gestões específicas. Se o problema é tal, na região x, lá teremos uma equipe, um referencial de alguém gerenciando aquele setor e por aí vai. É um formato que estou trazendo para Sete Lagoas, extremamente tecnológico, inovador e ágil. É isso o que a gente pensa em implantar em Sete Lagoas, se Deus quiser, a partir de 1º de janeiro de 2021.”

 

JS: Com relação ao turismo local, o que pensa a respeito das antigas festas populares de Sete Lagoas como o Carnasete e Exposete, que sempre atraíram muitos turistas e como pretende tratar o Carnaval e como seria o seu formato?

Claudinei: “A gente precisa investir nessa questão cultural, fortemente. O turismo não se faz sem cultura, não se faz sem a alma do povo. Turismo é gente, expressão cultural. Sou da época das escolas de samba que movimentavam as comunidades. A gente tem que pensar em uma cultura inteligente, motivar a cultura da base, motivar as pessoas a fazerem a cultura acontecer. Temos experiências culturais em Sete Lagoas encantadoras, mas, essas pessoas ficam sofridas, porque não têm como dar um passo à mais, porque estão limitadas para isso. Temos que motivar, incentivar essas pessoas a desenvolver essa cultura. Eu já rodei várias partes do mundo e às vezes fazem uma propaganda tão grande de um lugar, de um ponto turístico e quando você chega: ué, é isso? Por exemplo, quando fui a Israel, falaram tanto assim: “dia tal você vai comer o peixe de Pedro”! Chegou o dia, no restaurante. Sabe o que era? Tilápia frita. Então, o que falta em Sete Lagoas é isso, dizer que temos algo a oferecer! Temos lagoas lindas, maravilhosas, um parque da Cascata, uma Serra de Santa Helena, um patrimônio de igrejas, espaços maravilhosos. A gente acha que isso não vale nada e não dá o incentivo devido.”

 

JS: Como pretende atrair turistas para Sete Lagoas ante a concorrência de outros pontos turísticos já bem estruturados e consolidados?

Claudinei: “Pois, é, estamos atrasados nisso aí. Vamos começar dando uma arrancada em algo que poderia estar anos-luz à frente. Os gestores passados pecaram demais em não investir no turismo local, investiram pouco ou quase nada, e temos aqui essa vocação turística – ela nos é dada de graça – as lagoas já estão aí, a Serra de Santa Helena, o Parque da Cascata, enfim, o que falta é investimento, mostrar isso para as pessoas. Custa ter, na entrada da cidade, um portal falando das belezas naturais, custa? Você passa pela BR 040 e não tem nada, é como se a cidade estivesse morta e não está, tem muitas belezas naturais. Tem o CAT parado, não tem nada lá. Aí o turista chega e não tem como saber as informações da cidade, dos hotéis, dos barzinhos, não tem nada. A gente tem que encarar isso, fazer de Sete Lagoas uma cidade amada, querida e que seja divulgada. A gente tem que se preparar bem para receber o turista, não é? Não adianta nada fazer propaganda e a pessoa chegar à cidade e não ter o acolhimento adequado.”

 

JS: Qual manchete de jornal você gostaria de ler ao final do seu mandato?

Claudinei: “Administração pública de Sete Lagoas, de Claudinei Dias, é um grande sucesso! Sete Lagoas está entre as primeiras cidades em desenvolvimento humano! Imagina conseguir isso? Seriam manchetes que eu guardaria para o resto da minha vida, porque pensar na pessoa, no desenvolvimento humano, é muito importante. Estive no assentamento e dói demais ver gente de Sete Lagoas morando debaixo de lona. Isso joga nosso IDH lá embaixo. É vergonhoso para a gente e o prefeito atual, Sr. Duílio de Castro, sequer colocou um banheiro químico para essas pessoas. Ainda mais numa crise dessas de pandemia, a pessoa não ter condição mínima de higiene. Isso a Prefeitura pode dar. É muito desumano isso. É vergonhoso! Essa tempestade que teve arrasou com eles lá, a ventania acabou com tudo. São pessoas com deficiência, crianças, idosos que estão lá. No meu governo, um negócio desses seria um arraso.”

 

 

A entrevista, realizada em 15 de outubro, pode ser conferida da íntegra, clicando aqui.

 

 

Da Redação

Colaboraram Denise Carvalho e Viviane França

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