Por meio de um denso estudo hirogeológico voltado para a criação de novas áreas de Proteção Ambiental (APA), realizado em Sete Lagoas, a Prefeitura conclui que a situação da cidade exige “prudência”, no que diz respeitoà captação de águas profundas. O estudo, que deve servir de referência para a atuação do Sistema Autônomo de Água e Esgosto (Saae) na cidade, identificou regiões propensas a sofrer problemas geológicos pela exploração desenfreada de água subterrânea, sobretudo as captadas de poços clandestinos e sem controle eficiente por parte dos órgãos estaduais.
Da mesma forma, a pesquisa, apresentada no no Seminário “Apresentação do Estudo Hidrogeológico de Sete Lagoas e a Preservação dos Cursos D’Água”, na última terça-feira (10), indicou as áreas com maior propensão à captação das águas subterrâneas e outras com menor capacidade de produção de água.
Mais de 300 pessoas compareceram ao auditório do Centro Universitário de Sete Lagoas (Unifemm) para acompanhar os trabalhos. Os dados foram passados pelo o professor Paulo Henrique Galvão - bacharelado em Geologia, Mestre em Hidrogeologia em meios Porosos e Doutor em Hidrogeologia Cárstica.
Evento reuiniu mais de 300 pessoas no auditório do Unifemm e serviu de alerta para necessidade de preservação dos mananciais
Em uma segunda palestra, ministrada pelo engenheiro Laudo Luiz Mota Serrano , foi feito o alerta para preservação do que ainda está praticamente intocado pela ação do homem. Para garantir a preservação do lençol freático foi apresentado o pré-projeto da criação das APAS do Marinheiro e Machado. Foram apresentadas pelo engenheiro soluções baseadas no meio ambiente para resolver problemas de escassez hídrica.
O evento foi realizado pela Prefeitura Municipal de Sete Lagoas, Saae e DRZ Geotecnologia, com apoio do Unifemm e di Subcomitê do Ribeirão Jequitibá.
Diretriz
O prefeito Leone Maciel, presente no evento, junto com diretores do Saae, lembrou que, na sua primeira administração, já havia regulamento a APA Paiol, e essas duas outras – fundamentais para a cidade – serão legalmente protegidas. “Nosso compromisso é com a modernidade, mas com respeito ao meio ambiente e à legalidade para resgatarmos Sete Lagoas”, disse Leone Maciel.
“O momento é de preservação, de proteger as áreas de recarga do nosso lençol freático. Saber como lidar com nossos poços profundos. Estamos governando a cidade elegendo prioridades, e essas são duas delas. Este é um trabalho que, certamente, servirá de referência para as próximas gerações”, conclui o prefeito.
O estudo hidrogeológico, na íntegra, está disponível no próprio Saae e é de livre acesso à população.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias