O Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados do Petróleo de Minas Gerais (Sinditanque-MG) informou que, os motoristas da categoria devem mesmo paralisar as atividades a partir de meia-noite desta quinta-feira (25). Os transportadores de combustíveis estão em estado de greve e planeja uma carreata para esta quinta.
Os manifestantes protestam contra a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o óleo diesel em Minas Gerais que, segundo eles, é o mais alto do Brasil.
O Sindtanque afirma que já se reuniu com o governo do Estado, porém a resposta para a reivindicação foi negativa e, por isso, eles decidiram paralisar. De acordo com o presidente do Sindtanque, Irani Gomes, a luta pela redução da alíquota existe há uma década e não avançou nada na atual gestão.
Atualmente, a alíquota da gasolina é de 31%, do etanol de 16% e do diesel de 15%. Para que haja alteração, o governo de Minas precisa enviar projeto de lei para Assembleia Legislativa para que os deputados possam aprovar.
Segundo a Secretaria da Fazenda de Minas Gerais, o preço médio ponderado ao consumidor final é atualizado mensalmente levando em consideração os preços praticados pelos revendedores em todas as regiões de Minas.
O resultado da pesquisa realizada pela Secretaria, é baseado nas notas fiscais emitidas em 4.272 postos revendedores distribuídos em 828 cidades mineiras. Portanto, conforme a Secretaria da Fazenda, "é importante ressaltar que as mudanças do preço dos combustíveis não são em função do ICMS, mas sim da política de preços praticada pela Petrobras".
Desde de segunda-feira (22), transportadoras de minério, principalmente autônomos de Brumadinho, Sarzedo, Congonhas e Sete Lagoas, estão em paralisação. Eles reivindicam aumento do valor do frete e afirmam que estão pagando do próprio bolso os reajustes constantes no preço do combustível. São dois movimentos diferentes, um de paralisação pela redução do ICMS e outro pelo aumento do valor do frete.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias