O Cruzeiro e o futebol brasileiro perderam um dos maiores meias direitas produzidos em solo nacional: José Carlos Bernardo, o ídolo Zé Carlos, morreu aos 73 anos na manhã desta terça-feira (12). Nascido em Juiz de Fora-MG, ele foi o segundo jogador que mais vestiu a camisa do Clube, em 633 oportunidades, e defendeu o Cruzeiro entre 1966 a 1978, marcando 87 gols e ajuando a transformar o clube em uma grande potência esportiva do país.
Com a camisa celeste, ele fez parte de grandes esquadrões da história do Cruzeiro e conquistou títulos como a Taça Brasil de 1966 e a Copa Libertadores, em 1976, além de ter sido campeão mineiro em nove ocasiões (1966/67/68/69/72/73/74/75/77). Zé Carlos ainda jogou pelo Sport de Juiz de Fora, pelo o Guarani de Campinas (onde foi campeão brasileiro em 1978) e pelo Villa Nova, de Nova Lima.
A morte de Zé Carlos foi lamentada pelo presidente do clube e jogadores. Companheiro em campo e grande amigo fora dele, Procópio Cardozo fez um depoimento emocionado ao site oficial do clube sobre o jogador que, segundo ele, desfilava em campo com grande elegância, maestria e muita firmeza, além de ser um dos responsáveis pela volta do grande zagueiro celeste ao futebol, após cinco anos parados por causa de uma contusão, em 1973.
“Zé Carlos foi meu grande amigo, um colega fantástico, e tudo que fiz por ele em vida foi por gratidão. Quando voltei a jogar, depois de ficar cinco anos machucado, voltei para fazer testes no Cruzeiro, e ele foi uma pessoa que me ajudou muito, inclusive no dia do meu retorno, contra o Vasco, após cinco anos, um mês e 13 dias, ele e Perfumo, exatamente os dois que já morreram, me ajudaram muito, inclusive foram ao meu quarto e falaram para voltar tranquilo que eles estavam ao meu lado. Voltei e na partida fui o melhor em campo, marcando Roberto Dinamite. Além disso, prevalecia sempre a nossa amizade e o convívio no Clube, um dia muito triste para nós, mas garanto para você que o céu está em festa”, declarou Procópio.
Procópio ainda contou como o talentoso meia foi parar no Cruzeiro para fazer hiostória: “Conheci o Zé Carlos muito antes do Cruzeiro. Jogava no Fluminense e ele foi até o Rio de Janeiro fazer um teste no Clube e passou, não poderia ser diferente. Porém, o Fluminense não tinha os sete milhões da época para comprar o jogador junto ao Sport de Juiz de Fora. Então o Fluminense não ficou com ele e o Felício Brandi, presidente celeste, era muito esperto, veio e o comprou. E o Zé Carlos foi esse esplendoroso jogador que todos nós conhecemos”.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias