Trabalhadores em educação da rede estadual de ensino realizaram nesta segunda-feira (18) atos públicos na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, e nas ruas do Centro de Sete Lagoas para cobrar do Governo de Minas o pagamento em dia dos salários e o fim do escalonamento.
Na capital mineira, com o lema "Sem Salário, Sem Trabalho", os manifestantes se concentraram em frente ao Palácio da Liberdade e "fizeram a ladainha dos sem salários". Vestidos de preto em sinal de luto, educadores e educadoras reforçaram a luta e dialogaram com a sociedade sobre as dificuldades que estão vivendo com o não pagamento dos salários em dia.
Até essa segunda-feira, os salários dos aposentados e das aposentadas da educação não haviam sido pagos. Os demais servidores e servidoras receberam uma parte do salário parcelado. "Estamos numa situação de penúria e muitos profissionais da educação sem dinheiro até para o transporte", afirmou a diretora estadual, Mônica Maria Souza.
Já em Sete Lagoas, o grupo de cerca de 40 pessoas saiu pelas ruas da cidade gritando palavras de ordem, exibindo cartazes e pedindo apoio da sociedade para cobrar do governo outra postura em relações aos professores. “É uma vergonha o governo estar fazendo isso, divindo nosso 13º de quatro vezes, começando a pagar em janeiro de 2018. Tem pessoas da minha família que já trabalham há anos e falam que isso é primeira vez que acontece no estado de Minas Gerais. Não tem como a gente trabalhar sem receber. Não estamos reivindicando aumento, e sim um direito que temos, porque nós já trabalhamos e temos o direito de receber ”, diz a professora Rosilene de Fátima Reis Silva, do Ensino Fundamental I de Sete Lagoas.
Depois de anunciar a paralisação na rede estadual pelo não pagamento da primeira parcela do salário, na última sexta-feira, O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) convocou um novo ato estadual para esta terça-feira, também na Praça da Liberade, às 9h. Até o fechanento desta reportagem, a Secretaria de Estado da Fazenda não havia se manifestado sobre o assunto.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias