Prefeitos de municípios da região compareceram à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nessa quarta-feira (9) para pressionarem deputados estaduais a agirem pela suspensão do plano do Governo de Minas de privatizar a MG-424, que liga São José da Lapa a Sete Lagoas. O pedágio com custo previsto de R$ 4,20 em uma estrada em que passam cerca de 40 mil veículos por dia num trecho de apenas 51 km é visto como um abuso não só pelos prefeitos, mas por empresários locais e pela população que vem se manifestando com frequência contra a medida (saiba mais). Representantes do movimento Todos Contra o Pedágio também estiveram presentes.
O prefeito de Pedro Leopoldo, Cristiano Marião, espera apoio dos parlamentares: “Somos totalmente contra o pedágio devido à nossa proximidade e dependência de Belo Horizonte. Irá prejudicar toda a nossa comunidade por um pedágio que, pela tabela que está sendo lançada, será o mais caro do Brasil pelo quilômetro rodado. Queremos o apoio dos deputados para que essa licitação seja cancelada”, disse em entrevista à repórter Mônica Miranda, da Rádio Itatiaia.
Governo
Em nota, a Secretaria de Estado Transporte e Obras Públicas (Setop) ratificou que a concessão do trecho significará investimentos de R$ 400 milhões na rodovia nos próximos seis anos e que esses investimentos estão ligados à cobrança de pedágio.
Ainda de acordo com a Setop, caso os moradores de Pedro Leopoldo, Capim Branco e Matozinhos não queiram passar pela praça de pedágio em direção a BH, terão como opção a LMG-800 e, depois, a MG-010.
A nota destaca que a praça de pedágio será instalada após São José da Lapa, sentido Pedro Leopoldo, e não afetará os usuários dessa cidade que forem para a capital mineira. Além disso, os moradores de Confins que se dirigirem para Pedro Leopoldo, Matozinhos ou BH continuarão sem pagar pedágio.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias