A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) disse que a conta de luz dos brasileiros sofrerá um novo reajuste, e de acordo com André Pepitone, o diretor-geral da Aneel, será o maior desde 2018. A previsão é que haja um aumento médio de 13% este ano. Porém, o presidente Jair Bolsonaro já havia antecipado essa informação, dizendo que iria “meter o dedo na energia elétrica”.
Para isso, Bolsonaro se envolveu diretamente na troca de gestores da Petrobras. O chefe do Executivo usou a justificativa do acréscimo exagerado nos preços dos combustíveis somente este ano.
A porcentagem de 13% pode cair para 8%, caso haja reembolso dos consumidores de uma parte do R$ 50 bilhões em impostos cobrados a mais nas contas de luz dos anos anteriores. Mesmo assim, o valor do reajuste é o mais alto desde 2018.
Existe uma série de fatores que podem influenciar diretamente no reajuste do preço da conta de luz, como por exemplo, a alta dos custos com transmissão de energia, pagamentos de indenização e transmissoras, avanço do IGPM e déficit de bandeiras tarifárias.
De acordo com Pepitone, o uso dos impostos como devolução aos consumidores, foi uma alternativa já apresentada pelo Ministério da Economia. Mesmo que o aumento das contas de luz fosse menor, outra consequência seria a arrecadação do governo encima do valor.
Essa situação já ocorreu no estado de Minas Gerais, por exemplo. A empresa responsável pela energia elétrica e contas de luz, a Cemig, por meio de uma devolução automática para cinco anos diminuiu o preço da cobrança.
No entanto, o Ministério da Economia não informou se irá adotar a devolução dos impostos aos clientes, ou se irá anunciar outra alternativa para o reajuste.
Da Redação
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