Após o surto da Covid-19, ficou evidente que a fragilidade dos idosos diante da infecção causada pelo vírus é maior. Apesar das chances de contágio serem as mesmas para todas as faixas etárias, o risco de agravamento da doença aumenta à medida em que a idade do paciente avança.
Contudo, uma notícia trouxe fé e esperança para muitos na última quarta-feira (31). A idosa Henriqueta Soares Marques, de 110 anos, recebeu alta do hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo. A saída da paciente causou comoção nos familiares e nos profissionais de saúde da unidade.
Henriqueta recebeu a segunda dose da vacina CoronaVac no fim de fevereiro. Os familiares acreditam que os sintomas relativamente leves que a senhora teve foram um resultado positivo da vacinação.
Um estudo preliminar divulgado pelo Butantan mostrou que a CoronaVac tem eficácia geral de 50,38% nos testes realizados no Brasil e 78% no alívio de casos leves, mas requer alguns cuidados médicos. No entanto, a eficácia da vacina não foi medida em idosos na faixa etária Henriqueta, onde a resposta do sistema imunológico causada pela vacina pode ser menor.
Desde que recebeu a segunda dose da vacina, a idosa estava de quarentena em seu apartamento, onde ela mora sozinha. No entanto, no início de março, sua filha, de 81 anos, quebrou a quarentena para também receber a vacina, e alguns dias depois ela começou a sentir alguns sintomas da doença. Embora morasse sozinha, Henriqueta era acompanhada pela filha, que mora com o marido no apartamento ao lado, e os três conviviam juntos todos os dias.
O filho do casal, e neto de Henriqueta, decidiu marcar um teste de Covid-19 para a avó, já que a convivência entre o trio era diária. Então, no dia 16 de março, veio o resultado positivo do exame da idosa de 110 anos, que ainda não apresentava nenhum sintoma da doença. Já no dia 19 de março, Henriquetta, que estava assintomática apresentou uma evolução negativa e foi internada.
Henriqueta teve uma boa evolução do quadro de Covid-19 e recebeu alta nesta semana, um dia depois da filha, e três dias depois do genro, que também estavam internado com a doença. A internação de Henriqueta, ao todo, durou 12 dias.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias