A Polícia Civil e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), desencadearam nesta quarta-feira (28), a operação “Aluga-se”, onde foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão temporária.
A ação pretende conter um esquema de desvio de recursos públicos destinados à manutenção do programa “Bolsa Moradia”, e está sendo realizada nas cidades de Contagem, Belo Horizonte, Oliveira, Baldim, Jaboticatubas, Lagoa Santa e Ribeirão das Neves. Entre os alvos, estão um ex-diretor do programa, o vereador, um secretário de Contagem, além de agentes públicos e empresas. De acordo com as investigações, os desvios chegam a mais de R$ 4 milhões.
As investigações apontam que o então diretor do programa associou-se à dois suspeitos para retirar valores que pertenciam à Fazenda e destiná-los a familiares e amigos próximos dos membros da organização criminosa. Há indícios de que os valores desviados tenham sido depositados em contas referentes a empresas de materiais de construção e até mesmo a uma associação beneficente.
A Polícia Civil e o Ministério Público já conseguiram bloquear R$ 4.168.183 de contas ligadas à prática criminosa. Quatro suspeitos com atuação no poder público receberam ordens de afastamento de seus cargos e funções.
Os suspeitos podem responder por associação criminosa, peculato, inserção de dados falsos em sistemas de informação e lavagem de dinheiro. Os crimes variam entre dois e 12 anos de prisão.
A Prefeitura Baldim, através da sua procuradoria, enviou ao nosso portal um comunicado, reproduzido aqui na íntegra:
“Falo do departamento jurídico do Município de Baldim.
Está sendo veiculado por vocês uma reportagem noticiando que "Baldim é uma das cidades investigadas na operação contra desvio de dinheiro do Bolsa Moradia". Contudo, a forma como foi escrito induz que existe algo ilegal com relação ao Município de Baldim, e essa está sendo a interpretação das pessoas.
A verdade é que dois estabelecimentos comerciais que nada tem haver com a prefeitura municipal foram alvo da operação, uma vez que venderam materiais de construção para um dos envolvidos.
Solicito, em caráter de urgência, a correção da reportagem, para que sejam claros em relação à real situação e que se retratem, uma vez que da forma que se apresenta, dá a entender que o Município de Baldim também está sendo investigado pelo desvio de dinheiro público, o que não é verdade.
Fico no aguardo da solução sob pena de que sejam tomadas as medidas legais cabíveis."
Matéria atualizada 09/11/2020 às 14h48, para acréscimo de informações.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias