O terceiro dia de protestos dos caminhoneiros contra as altas sucessivas do preço do diesel começou com o impedimento de caminhões tanque de fazerem o carregamento na Refinaria Gabriel Passos (Regap), da Petrobrás, em Betim, e pode faltar combustível no estado.
Nesta quarta-feira (23), na altura do KM 486, em frente a Fiat, os caminhoneiros impedem a passagem dos veículos de carga e interditam a rodovia por alguns minutos para os outros veículos no sentido Belo Horizonte, liberando em seguida.
De acordo com a Autopista Fernão Dias, os caminhoneiros ocupam uma faixa da rodovia e também o acostamento. Com as interdições, uma fila de carros se formou na rodovia, desde o Bairro PTB, em Betim, até o acesso à Regap.
Região
Na saída para Sete Lagoas e região, a Via 040 informou que, por volta das 11h, a rodovia registrava manifestações no KM 511, em Ribeirão das Neves, sentido Belo Horizonte, e no KM 477, em Caetanópolis, nos dois sentidos. Porém, não havia interdições de pistas. Os caminhoneiros estavam parados no acostamento e o trânsito de veículos leves fluía no local.
Negociação
Nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, confirmou o acordo feito entre governo e Congresso Nacional para redução do preço do diesel. Em declaração feita no Palácio do Planalto, à noite, Guardia disse que o governo eliminará a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o diesel e, em contrapartida, os parlamentares devem aprovar o projeto de reoneração da folha de pagamento.
“Acordamos que iremos eliminar a Cide incidente sobre o diesel. Ao mesmo tempo, o Congresso aprovará um projeto de reoneração da folha. O acordo é que iremos, uma vez aprovado o projeto de reoneração, assinar um decreto eliminando a Cide sobre o diesel”, disse Guardia.
De acordo com o Ministério da Fazenda, o governo arrecada atualmente R$ 2,5 bilhões por ano com a Cide sobre o diesel. Segundo a pasta, o reforço nas receitas da União nos próximos três anos com o fim da desoneração da folha de pagamento dependerá do número de setores que perderem o benefício fiscal no projeto que tramita no Congresso.
Guardia disse ainda que o governo vai continuar negociando com os caminhoneiros, que fazem paralisações por todo o país, em protesto contra o aumento sucessivo no preço dos combustíveis. Ao anunciar a redução do tributo sobre o diesel, Guardia fez um apelo aos caminhoneiros.
Da Redação
Com Agências, atualizado às 11h18
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