Cerca de 170 mulheres chilenas, engravidaram enquanto faziam uso de pílulas anticoncepcional. As vítimas tomavam o Anulette CD, método contraceptivo da farmacêutica Silesia, distribuído gratuitamente na rede de saúde do Chile, normalmente usado por mulheres jovens e de classe baixa.
O registro do medicamento foi suspenso no país em agosto de 2020, poucos dias depois do Instituto de Saúde Pública do Chile (IPS) ter retirado de circulação dois lotes do contraceptivo, após denúncias de usuárias e profissionais de saúde.
Logo depois do incidente com o Anulette, o ISP também suspendeu quatro lotes de outros dois anticoncepcionais, o Minigest e o Conti-Marvelon, que apresentavam falhas na apresentação ou na concentração da substância ativa.
Segundo o IPS, o lote com defeito tinha cartelas com pílulas danificadas, ausentes ou trocadas. Isso leva a acreditar que no lugar dos comprimidos para prevenir gravidez, havia pílulas compostas por farinha.
As organizações chilenas que trabalham com a defesa dos direitos sexuais, reprodutivos e femininos pedem a reparação coletiva. A organização Miles Chile acumula denúncias sobre outros 27 lotes de remédios defeituosos. Já a Women’s Link, organização internacional que atua na defesa dos direitos das mulheres, pede a responsabilização do Estado e das farmacêuticas por negligência e violação dos direitos reprodutivos das mulheres envolvidas.
Da Redação
Sete Lagoas Notícias